quinta-feira, novembro 30, 2006

Referendo à IVG, no dia 11 de Fevereiro

Cito a revista Visão Online:
“Cavaco Silva anunciou esta noite a sua decisão de convocar a consulta popular sobre a interrupção voluntária da gravidez para o dia 11 de Fevereiro. Numa comunicação ao País, o Presidente apelou à serenidade e elevação no debate até lá.”
É de seguir o conselho do Exmo. Sr. Presidente da República mas cheira-me que infelizmente os argumentos vão ser mais do género:
- Liberalizar o aborto é liberalizar o Homicídio!!!
- Não passa de uma desculpa pa se matar bebés!!!
- Se a mãe do Hitler tivesse abortado não tinha acontecido o Holocausto!!!
Mais uma vez, cheira-me que vai andar mais ou menos por este nível. FA

Operation Kid

No blog De Santiago de Covelo a Portimão está O post. Ide lê-lo e invejai o criador do jogo e do post, por os ter feito, e os intervenientes impiedosos de Operation Kid. Na calha já está o Operation Kid II, que contará com mais uma personagem: um fanático sanguinário que prefere missões em livrarias especializadas em livros jurídicos, causando assim suspeitas de manter ligações anarquistas. Medo dele. Medo.
FR

quarta-feira, novembro 29, 2006

Lá é que é

Por contraste com a indiferença que hoje em dia demonstro, antigamente ficava deveras irritadiço quando me vinham com merdas. Obviamente que o leitor, baseando-se no título do presente post e na frase anterior, já percebeu que me refiro às unidades de povo que, não sendo de Lisboa, insistem em afirmar que a terra delas é muito mais fria no Inverno e muito mais quente no Verão, quando comparadas com a capital. A razão de existir este desejo de ter temperaturas mais extremas que em Lisboa transborda qualquer tipo de explicação, pelo que na mesma não toco nem com uma vara de onze metros.
Dizem-me "Santarém é muito mais frio, porque tem micro-clima, sempre que em Lisboa estão 7 graus, lá estão 3" ou então "eu sei que Braga é mais a norte, mas no Verão costuma ser das terras mais quentes de Portugal". São dois exemplos de situações que se passam em capitais de distrito, mas que não raramente obtêm correspondência em sítios como Póvoa de Santo Adrião, que é ali antes de Alverca, Sintra, Parque das Nações ou Macau. Esta última conversa, precisamente, despoletou em mim uma irascibilidade contida que passou a euforia quando constatei que a conversa das temperaturas acabara de atingir um novo patamar: "Isto não é nada, Macau é muito quente e húmido mas às vezes ficam 2 graus de repente!". Longe de mim questionar as leituras realizadas pelo Instituto de Meteorologia da região, seja ele macaense, chinês ou de uma máfia local, mas bolas que estar calor e ficarem 2 graus de repente só quando se está com uma brasileira que afinal descobrimos chamar-se Marco Aurélio.
Para além desse dogma indiscutível que é Lisboa ter uma temperatura que nunca é mais quente ou mais fria que qualquer outra terra no mundo - essencialmente por causa dos tais micro-climas que só não existem em Lisboa - perante o confronto com factos indesmentíveis, como estarem 5 graus simultaneamente em Lisboa e em Aveiro, esses arautos da meteorologia e geofísica afirmam, sem se rirem, "5 graus em Aveiro é menos que em Lisboa porque lá o frio é diferente, entranha-se mais." Não tanto como um selo na boca, penso eu...
FR

segunda-feira, novembro 27, 2006

Gambiarras de Natal

Meus amigos, se vocês têm gambirras de Natal que não se estourem todas depois de dois Natais digam-me! É que as minhas estão sempre fundidas!
Ontem, ao experimentar uma, foi um estouro tal que me assustou o puto e me fez perder a paciência. Esta era novinha, acabada de vir de uma loja do chinês. E claro, ficou um cheirinho a fúsiveis rebentados e luzes, só apagadinhas.
Estou seriamente a pensar em gambiarras só com reflectores, tipo pedais da bicileta. Ao menos não fundem.
"Ah", dizem-me vocês, "Estavas à espera de quê a comprar em lojas baratas".
Mas onde é que se vende gambiarras senão nestas lojas? Digam-me por favor, ou qualquer dia a única luz na minha árvore de Natal será o fogo consumir as suas ramadas.
ST

Ex-equo com Varsóvia e isso é muito imbecil


Esta cena de Lisboa ter a maior árvore de Natal da Europa (ex-equo com Varsóvia!) é mesma merda à chico esperto. Em primeiro e único lugar, porque aquilo que ali está não é, salvo melhor opinião que na verdade há para aí aos pontapés, uma verdadeira árvore. É sim, imagine-se a lata, uma estrutura de metal em forma de árvore de Natal.
Uma árvore - ensinaram-me - tem raízes, tronco, ramos e folhas, para além de conter um mecanismo muito bem pensado que transforma dióxido de carbono em oxigénio (Deus esmerou-se; melhor só miúdas e praias e então aí o Gajo não perdoou). Ora, no máximo, aquela estrutura em forma de árvore de Natal colocada na Praça do Comércio aspira a tornar-se num andaime usado na construção de um prédio de um bairro social, na Buraca. E esta estrutura não só não faz a fotosíntese, como ainda aumenta as emissões de monóxido de carbono (aqui Deus esteve francamente mal), tal é a quantidade de parolos que se desloca de carro à Baixa lisboeta para ver as luzinhas.
Mas enfim, quiseram construí-la, até foi o Millennium (aqui o Tipo devia estar bêbado) que avançou com o guito e isso é lá com eles. Aceite-se. O que já não me parece correcto é classificar a construção em análise como "a maior árvore de Natal da Europa". Primeiro, porque há uma maior fora da Europa o que constitui uma imbecilidade porque esta - e a de Varsóvia - já são enormes. Depois porque, não sendo uma verdadeira árvore, a classificação assume-se como uma batota digna de um Valentim Loureiro. É a mesma coisa que chamar ao David do Michelangelo (não o da Buraca) o homem mais pesado de Itália ou à senhora da Estátua da Liberdade a mulher americana mais alta.
FR

sexta-feira, novembro 24, 2006

Casino Estoril

007, Casino Royal está a ser um sucesso e a sequela está já em pré-produção.
Chama-se Casino Estoril e envolve um vilão que utiliza o dinheiro ganho nas slots de para desenvolver armas nucleares. As slots estão viciadas para sair sempre três moranguinhos, claro, e vamos poder ver Daniel Craig a entrar com um petroleiro pelo Tamariz adentro e a rebentar com os jardins em frente ao casino para grande consternação do presidente da Câmara.
A Bond Girl não está confirmada, mas fala-se da Bárbara Elias, da Bárbara Guimarães ou da Bárbara Norton de Matos.
Neste, O James Bond é torturado novamente com um badalo nos tomates e o vilão é afogado em aniz, feito em Setúbal e que estagiou em barricas de carvalho durante um ano e meio.
Estamos ansiosos.
ST

quinta-feira, novembro 23, 2006

A vida é injusta!!



Então não é que a Enid Blyton, a criadora d’ “Os Cinco”, foi também quem criou o anormal do Noddy!!!
Mais uma memória de infância destruída. É como descobrir que afinal o Pai Natal não existe e que na verdade tivemos 10 minutos ao colo de um velho babado, com uma barba postiça…FA

quarta-feira, novembro 22, 2006

Casino Royale


Aí está o novo James Bond...
As miúdas, os carros, as cenas de acção, o genérico inicial com a música a acompanhar...
Provavelmente será o melhor dos Bonds dos últimos anos, visto o último de Brosnan ter acabado com... UM CABRÃO DUM CARRO INVÍSÍVEL!! Nem o Austin Powers tem um carro tão estúpido!!! Destestei o último e estou certo que este será melhor...
E não tem nada a ver com o Brosnan... Os filmes estavam uma merda porque os produtores são uns palhaços e parece que puseram, pelo menos é o que se diz, os pés na terra para fazer este 007.
Mas digo-vos qualquer coisa depois de ver o Casino Royale.
Ah! E a Eva Green parece-me linda de morrer...
ST

terça-feira, novembro 21, 2006

Eu fiz as contas….

E não deve ter saído barata a ideia do BPI, de colocar publicidades em cartazes no Metro, ideia esta que não ganha prémios, por uma simples razão: Por se tratarem de fotografias em grandes planos dos modelos escolhidos. Passo a explicar.
Por se tratar de um grande plano, os pormenores ficam à vista, incluindo aqueles que se quer esconder. Por exemplo: A fotografia da miúda gira que, acho eu, faz agora uns biscates na RTP1. Por ser jeitosa aproximei-me do cartaz e dada a curta distância e a escala da foto, é possível vislumbrar 3 coisas:
- As marcas dos pelos arrancados nas sobrancelhas;
- A marca do buço depilado;
- Um pequeno problema de queda de cabelo, sobre o qual o “Rogain”, parece estar a resultar.
Sim, eu sei, nenhuma mulher é perfeita e todas precisam de um certo alindamento mas o ponto que eu pretendo fazer (como dizem os Camons) é simplesmente este: Este tipo de coisas não dá vontade nenhuma de um gajo se endividar. Tira vontade, percebem….
A foto do gajo nem vi que eu não ou dessas coisas mas desafio-os, se puderem, a verificar com os vosso próprios olhos. FA

segunda-feira, novembro 20, 2006

José Veiga detido pela Polícia Judiciária

Faz sentido. Indá dias levaram os móveis ao homem de sua vivenda em Cascais, camas incluídas. De modos que ele agora vai pernoitar ao Tribunal de Instrução Criminal. Tá certo. FA

sexta-feira, novembro 17, 2006

Até é mais pelo whisky velho

Porque é que se diz sub-mundo do crime e não mundo do crime? Porque é que se fala em sub-mundo e não apenas em mundo? E porque é que esta expressão se utiliza apenas quando nos referimos ao crime? Porque não nas outras actividades? Porque é que não se usa então sub-mundo dos hospitais? Ou sub-mundo do turismo? Sub-mundo dos bancos? Ok, este é mau exemplo porque voltamos ao crime, mas sub-mundo dos infantários, vá.

Na ausência de alguém com dois dedos de cornos que o explique, faço-o eu:
Creio que terá a ver com os sindicatos. Há sindicatos para tudo e mais alguma coisa (até para os animais dos jornalistas, imagine-se) e não há para os criminosos. Ora, num país como Portugal onde o crime não é organizado, antes constituído por dois gajos que costumam estar ali ao pé do Cais do Sodré aos domingos até à hora de almoço, a ver se catam os transeuntes que têm menos rendimentos que eles, não há quem defenda a expressão “mundo do crime”. Até agora, porque como eu - tal como rabisquei ontem aqui em baixo - pretendo enveredar por uma vida criminosa, não juntando-me ao duo da frase anterior mas gamando coisas a sério tipo obras de arte, bancos, sumos de laranja naturais (quem já pediu em restaurantes sabe o quanto são valiosos), whisky velho e cenas da Bang & Olufsen, começo desde já a defender a classe.
FR

quinta-feira, novembro 16, 2006

Recebi este e-mail todo lixado

"Estimado(a) Cliente,
Leia por favor esta mensagem importante da informação sobre a segurança. Nós trabalhamos duramente para proteger nossos clientes de encontro ao fraude. Seu cliente foi escolhido aleatória para a verificação. Nós necessitamos verificar que voce e o proprietàrio real deste cliente. Tudo que voce necessita fazer deve estalar sobre abaixo a ligação. Voce verà uma pàgina da verificação. Termine por favor todos os campos que voce verà e submeta o formulario. Voce seràdirigido de novo ao HomePàgina de Millennium bcp após a verificação.
Anote por favor que se voce não verificar sua posse do cliente em 24 horas nós a obstruiremos para proteger seu dinheiro.
Obrigado.
Millennium BCP"

Eu sei que em parte a culpa de receber estes mails é minha, porque ninguém me manda ter uma conta no Millennium, mas o que é que querem, era ao pé de minha casa, olha que merda.
Questão diferente é saber quem é que estes gajos pensam que enganam? E se antes de se especializarem em pirataria informática aprendessem a gramáticazinha? E o portuguesinho, hã? Não se aprende? A escrever assim como é que esperam chegar a algum lado?
Este pessoal do crime não percebe que não basta ter uma ideia, é preciso ser profissional e responsável, atento aos pormenores. Não basta a "pró-actividade" que é actualmente tão proclamada e que depois dá nestas incompetências, que me fazem pensar se eu não seria um excelente criminoso. É a ponderar.
FR

Parabéns a você...

Exactamente. Com este post a montra celebra o seu quinquagé.... não, cincocentési.... não, centésimo quin... também não... Fo#$da-se, 500 posts!! EEHHH!!!
Aqui ficam os votos de que brevemente se atinjam os mil, o que não deve ser difícil com quantidade industrial de mer"#%da que aqui se destila.
Mais uma vez: Parabéns a todos(bloggers e simpatizantes colaboradores)!! FA

quarta-feira, novembro 15, 2006

Gosto da palavra "escalopes"

O Santana Lopes lançou um livro sobre o período em que foi primeiro-ministro. O livro seria da dimensão de um folheto, mas como aborda os erros então cometidos, vai sair em doze volumes, cada um dividido em três tomos.
Mas não é do livro que quero escrever. Em bom rigor, não quero escrever sobre nada. Ah, vais escrever sobre o Luís Delgado? pergunta um leitor que tenha resistido ao primeiro parágrafo. Exactamente, escrevo eu, entusiasmado por ter leitores que façam perguntas tão inteligentes.
Ora, o Luís Delgado disse ontem na SIC Notícias, enquanto eu procurava desesperadamente o comando da televisão, que o Santana Lopes "até é meu amigo, nem tenho problemas em assumi-lo" para depois acrescentar que "este livro é fundamental para revelar a verdade do que se passou, que Santana foi vítima de conspiração entre Sampaio, Marcelo e Cavaco, e que o homem ainda é novo e tem muito para dar à política".
A primeira frase equivale àquela atirada pelo gajo que diz "não sou racista, até tenho um amigo que é preto". Só que o Delgado, para além do "até" ainda mete um "nem" que dispensa qualquer psicanálise mais aprofundada. O que o idiota queria dizer era "sou comentador político e não posso dizer mal do gajo porque foi ele que me indicou para presidente da Lusomundo quando era primeiro-ministro".
Já a segunda frase está mesmo a dizer "sou uma cavalgadura, mas o gajo às tantas ainda volta e o gabinete de administrador da PT tem uma vista bem catita ah pois tem".
Quanto ao lançamento do livro, nada sei porque não gosto de ficção, embora me pareça que muito mais importante que o lançamento de um livro é o seu esgotamento. Imagine-se um cliente a tirar o último livro disponível de uma estante, originando fortes aplausos de quem assiste ao momento. E para culminar, esse cliente autografaria (não, não é um stand de automóveis na Trafaria) o último exemplar e ofereceria-o ao autor. No caso do livro do Santana Lopes, o cliente poderia escrever qualquer coisa como "Se comprei 999 exemplares da primeira edição, porque não os 1000? Um abraço do teu amigo (sem problemas em assumi-lo), L. Delgado."
FR

terça-feira, novembro 14, 2006

Joana, Rita e Teresinha demasiado radicais!

As meninas da Netcabo estão a ficar viciadas em adrenalina, o que me deixa um bocado preocupado. É que ouvi aí uns zuns, zuns que o próximo anúncio seria passado numa mesa de jogo com alguns revólveres sobre a mesa...
- Olá, eu sou a Joana. - (Pum).
- e eu sou a Teresinha - (Pum).
Parece-me, realmente, que é o passo seguinte para pessoas que descem ondas de 15 metros e montanhas a desabar sempre a rir-se muito... Se a Netcabo não levar a ideia para frente terá certamente a ver com a velocidade de navegação na Internet que ainda não é comparável à velocidade de uma bala... A metáfora pode funcionar com surfs e snowboards, mas um estouro na cabeça denota uma rapidez tal que seria enganar o consumidor. E é um desporto demasiado radical para três meninas tão jeitosas como elas... Ah... (suspiro)
ST

Não é menino nem menina


É um estiramento do músculo crural, subjacente ao vasto externo. De qualquer maneira, já o inscrevi num infantário.
FR

Bond, James Bond


Agora dizem que os filmes do James Bond, e até outros, poderão ser banidos da televisão devido à proibição a nível europeu do “product placement”, que é uma maneira presunçosa de se apelidar a publicidade encapotada.
Deixo aqui a minha opinião: Só se o homem conduzisse um Fiat Uno ou um Clio, usasse fatos do Continente, telemóveis da Sagem e relógios da Casio, é que a coisa era complicada, porque infelizmente, nem toda a gente pode comprar Austin Martins, fatos italianos, telemóveis topo de gama da Nokia e relógios da Ómega, ainda pa mais as nossas queridas criancinhas, que são tão susceptíveis... FA

segunda-feira, novembro 13, 2006

Momento Maya






Eis o meu horóscopo para hoje:
“As suas convicções vão levá-lo a tomar uma atitude em casa. Lembre- se de que as convicções dos outros também devem ser respeitadas.”
Ora…o problema é que eu vivo sozinho…
É por estas e por outras que isto das estrelinhas não vai a lado nenhum…FA

sexta-feira, novembro 10, 2006

Benfica, és o Máior!!


O Benfica está de parabéns, entrou para o Guiness dos Records por ter o maior número de sócios. Ficará no livro dos records ao lado da maior trouxa de ovos e imediatamente antes da maior rabanada do mundo. Excelente.
Aqui fica um filme de homenagem aos Sòcios.
Reparem que que este senhor fala de uma tal de Beatle e de um Pinto Loureiro...?

quarta-feira, novembro 08, 2006

Coito

Há um deputado do PSD Assembleia Regional da Madeira que se chama Coito Pita. Ora, a minha maezinha (coitadinha) sempre me ensinou a não fazer pouco dos nomes dos outros meninos, por isso, vou apenas dizer que podia ser muito pior: Os progenitores desta criatura poderiam ter sido muito mais cruéis e ter-lhe chamado Felácio Cota. MM

To boldly go…

Refere o Expresso que a Enterprise se encontra em Lisboa, atracada no Tejo, junto a Algés.
Algo me diz que o Cap. Kirk meteu água a estacionar aquela mer&#da…
Ainda por cima em Algés…ao menos atracava nas Docas ou no Parque das Nações… Enfim…FA

terça-feira, novembro 07, 2006

Ovelhas negras! Buuuu!!


Adoro filmes de terror série B. Que excelente premissa, não acham???
ST

Eu hoje sinto-me este gajo


E amanhã devo ser ele, de bengala e a dar-lhe nos comprimidos...
FR

segunda-feira, novembro 06, 2006

Retroagindo....

Relativamente à proposta de lei sobre a alteração do cálculo dos arredondamentos nos créditos para a habitação, que será brevemente apresentada pelo Governo à discussão na Assembleia da República, veio a Banca prontamente afirmar que irá recorrer aos tribunais para lutar contra tal diploma se este for aprovado com carácter retroactivo. Como fundamento, defendem que os referidos créditos foram já titularizados e não seria justo pedir aos investidores que devolvessem os respectivos montantes.
Ao que a malta responde: Ah seus filhos bastardos duma ganda pu”#%ta!!! Quer-se dizer, com que então era injusto!! Vamo lá então explicar a “titularização” que a par de “retroactivo” é paleio de Dr.. Para quem não teja muito dentro do assunto, titularização mais não é do que o banco, que simpaticamente nos empresta o carcanhol e depois nos cobra um porradão de juros obscenos, vende o crédito, ou seja, o dinheiro que a malta lhe deve a variadas instituições pelo mundo fora, normalmente fundos, ficando mandatado (outra palavra cara, isto hoje tá bonito…) pa executar a malta que não pagar. Ou seja, a gente já nem lhe deve o dinheiro porque o banquito entretanto já vendeu a dívida e tá descansadinho da vida. Na prática, a malta quando arrota a prestação tá a pagar a pensão a um serralheiro mecânico reformado, de 72 anos, residente no Ohio, E.U.A., que fez uma poupança reforma qualquer.
Concluindo, a malta não quer co infeliz do Sr. John Smith tenha que devolver o graveto investido. Queremos é que vocês se cheguem à frente. E não vale a pena fazerem-se de coitainhos que não cola. Ainda por cima depois dos lucros pornográficos que a Banca apresentou, quando o país anda de rastos. Só tenho pena é de não ter feito o empréstimo em 1955 por 60 anos!! FA

Pluma bruta comàscasas


Hoje de manhã, enquanto degustava um frapuccino no bar do Ritz - único sítio onde se toma convenientemente um pequeno-almoço em Lisboa - passava os olhos sobre o recente manuscrito que o Philip Roth me enviou, como sempre faz, para revisão. Tracejava aqui e ali com a minha Montblanc comprada em Milão, quando ouvi na mesa ao lado sussurrarem sobre mim. Estou habituado a estas cenas, mas desta vez o conteúdo da conversa incidia sobre o meu mandato na Casa Fernando Pessoa. Genial, dizia fulano. Brilhante, dizia sicrano. Enfim, o costume, mas desta vez com dose apreciável de bom-senso...
De repente, surge detrás da enorme Perrier que repousava sobre a minha mesa, em cima das Obras completas de Proust que relera no taxi que me levara ao hotel, a Clara Ferreira Alves.
Podia ter lá ido discutir com ela as últimas críticas do Magazine Literaire, as colunas semanais do The New York Times ou até mesmo as para alguns indecifráveis opiniões dos repórteres do Beijing Weekly, mas preferi levantar-me, pulular pela carpete marron do bar, por entre o mobiliário século XVII, retirar o botão de punho Cartier comprado em Londres, arregaçar a manga da minha camisa Dior oferecida pelo próprio, comprimir os delicados dedos e espetar a maior solha, habitualmente servida em termos apenas no famoso Cochon parisiense, na fuça da gaja cuja foto consta neste post, aliás o melhor de sempre.
Obviamente que a minha destreza física cumpriu o delineado, pelo que a matei. Proclamei então, sem medos como é meu timbre, ser o melhor e mais culto cidadão do mundo de sempre.
FR

Eixo do mal

No programa Eixo do mal na SIC Notícias existe uma rubrica chamada o “Pior Português de sempre”.
Daniel Oliveira mostrou uma vez mais a sua mediocridade ao dizer, na forma agressiva que o caracteriza, que o pior Português era a irmã Lúcia porque andou a dar nos cogumelos…
Não percebo.
Diz ele que a irmã Lúcia andou a dar nos cogumelos. Ok. E depois?
É a pior Portuguesa de sempre, por causa de uma trip que a fez ver a Virgem Maria?
Não percebo se ele quer irritar a Igreja ou os drogados. É que se for a Igreja acho mal, mas eles têm quem os defenda, agora se são os drogados temos o caldo entornado!
Um gajo arrisca-se a morrer envenenado para curtir um bocado, lembrem-se disso!
Neste aspecto, todos aqueles que “curtem” cogumelos mostram dedicação, coragem e espírito de sacrifício, tudo características de um bom português.
Mais: Escolher os cogumelos certos, mostra algum conhecimento sobre botânica. E se isto é pouco no que respeita a inteligência já é mais do que este senhor tem na cabeça. Ora, entre tanta coisa engraçada e gira que poderia dizer, Daniel Oliveira prefere sempre o mau gosto e a falta de humor…
Mau gosto ainda vá que não vá… Agora faltas de humor não admito.
ST

sábado, novembro 04, 2006

Um homem genuíno!!




Não consigo não gostar deste homem!!!
Dá-lhe Jerónimo!!

ST

sexta-feira, novembro 03, 2006

O que dizer se for apanhado em flagrante delito?



Imagine que está a assaltar uma casa e é apanhado pelos donos, que entram de rompante na sala onde você se encontra vestido de ladrão, com um saco cheio de joías e com talheres de prata nas mãos.
“Que pensa que está a fazer? Querida chama a polícia!” – diz o dono.
Você pode dizer:
- Foi sem querer…
- Não foi de propósito…
- Não foi por mal.
- Que eu saiba, bate-se à porta antes de entrar!?
- Não se incomode, estava já de saída…
- Não se preocupe, que eu deixo tudo como estava.
- Ho, Ho, Ho!
- Estava só a reinar… (e começa a pôr as coisas onde estavam)
- Isto não é o que parece. Eu sou da TVCabo/ Limpa Chaminés/ EDP/Gás Natural (riscar o que não interessa)
- Mãos ao ar.
- Oh…Olha quem são eles!! (e sorri, como se conhecesse as vítimas)

Como vê, existem várias maneiras de se escapar lindamente.

ST

Pelo sim ou pelo não

Em Portugal a discussão está acesa. Afinal quando é que se começa a respeitar um ser humano? Devem as pessoas ser julgadas por decidirem agir em consciência e arriscando a própria integridade física? Não haverá hipocrisia nisto tudo? Deverá a sociedade continuar a discutir um tema que surge várias vezes ao ano e que nunca tem resposta?
Chega assim o momento de, mesmo aqui no Montra, parar de brincar e escrever a sério, pensar no que é importante e com respeito ouvir o que os outros têm para dizer, compreendendo que pode haver mais que uma perspectiva para encarar este drama.
Por isso exponho aqui a minha opinião, sem receios, embora com as dúvidas que qualquer pessoa tem direito a ter: o Katsouranis não teve intenção de partir a perna ao Anderson, e embora a entrada tenha sido durinha, já tenho visto piores.
FR

Pandilha amorosa

Como a maior parte dos nossos leitores sabe (por maior parte, entendam-se dois, perfazendo um número total estimado em três leitores, quatro à segunda-feira), pelo-me por sondagens, embora raramente seja a favor das mesmas, o que sucede quando beneficiam a minha conta bancária ou quando as respostas têm piada, o que aconteceu, na improbabilidade de não me falhar a memória, nenhuma vez.
Esta última que encontrei questionava os pobres coitados que estando em cadeiras de rodas não conseguiram fugir dos inquisidores - perdão, inquiridores - sobre quem é a maior ameaça para a paz mundial. Vem no Público e tudo e só não faço link para eles não terem mais visitantes que nós.
Em primeiro lugar ficou Osama bin Laden, seguido do W. Bush, que ficou à frente do líder norte-coreano, Kim Jong-il, e do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad. Inexplicavelmente, não há qualquer referência à nossa Ministra da Educação.
Em entrevista ao Destak, bin Laden congratulou-se com a eleição de Mister Ameaça 2006, não tendo deixado de manifestar o seu orgulho em pertencer a um lote tão talentoso. W. Bush, por seu lado, declarou que ser uma ameaça à paz mundial estimulava a economia do país e que para o ano, para além da paz mundial, pretendia fazer algo no resto do globo, porque o conceito de "mundial" não inclui as restantes 28 nações, nem New Orleans.
Jong-il, Ahmadijenad e a Ministra da Educação estavam indisponíveis para comentar por causa do protocolo de segurança que actualmente os rodeia, embora o norte-coreano tenha acenado da janela do seu quarto, em pijama.
Fico ansiosamente à espera da próxima sondagem com tão ou mais interesse. E o W. Bush também, mas de preferência com bonecos.
FR