sexta-feira, março 28, 2008

Ao vivo e a sépia

A reportagem é extensa, mas incompleta: não refere que alguns deles ainda podem ser vistos em Lisboa, na zona da Avenida da Igreja.
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segunda-feira, março 24, 2008

Entrevista e crítica

Esta comovente história de paixão e violência, protagonizada por uma professora, uma aluna do 9.º ano e um telemóvel, tem dado muito que falar. Nós aqui no Montra decidimos igualmente abordar o assunto, mas fazendo-o da forma mais responsável possível. Escrevi responsável? Era parva. Bom, entrevistámos a aluna. Como não encontrámos o aluno que filmou a cena, e como a entrevista decorreu via telefone, sobretudo para nossa segurança – a aluna estava evidentemente a falar de uma cabine - fica a transcrição:

M - Estou sim?
A - FAZ-ME A PERGUNTA, JÁ!
M - Ok, calma. Como é que te chamas?
A – Guidinha.
M – Olá Guidinha. Podes descrever o sucedido?
A – Saí de casa e vim para esta cabine falar contigo.
M – Não, refiro-me ao que se passou na sala de aula: a disputa com a professora por causa do telemóvel.
A – Por que é que não disseste logo? A velha topou-me o Nokia topo de gama e quis ficar com ele. E eu não deixei.
M – Estavas a usar o telemóvel quando ela to tirou?
A – Não, estava a mandar uma mensagem.
M – Então estavas a usá-lo…
A – És surdo? Estava a mandar uma mensagem!
M – Os teus pais repreenderam-te ou castigaram-te?
A – Sim, porque demorei muito a conseguir ficar com o telemóvel, até porque como a minha avó disse, a velha é minorca. Os meus pais disseram que não percebiam o que é eu ando a fazer nas aulas...
M - Ah, disser...
A - ... de full contact.
M – E estás arrependida disto tudo?
A – Sim.
M – Já pediste desculpa à professora?
A – Qual professora?
M – À velha…
A – Não, porquê?
M – Se estás arrependida…
A – Estou arrependida de ter saído de casa para vir falar contigo. Ainda por cima tive que arrear num velhadas que estava aqui a usar a cabine.
M – E agora, o que pensas fazer?
A – Vou sair da escola. A Optimus já me convidou para fazer um anúncio com o título “É meu e só meu”.
M – Obrigado, Guidinha. E força!

Por último - e isto é importante para aferir a orientação escolar do aluno - é conveniente deixar aqui uma crítica séria ao filme realizado pelo colega da Guidinha:

“Cena na sala de aula” é o primeiro filme realizado por C. O registo intimista captado na sala de aula, recorrendo aos motivos cinematográficos iniciados pelo movimento Dogma, caracterizados sobretudo pela ausência de encenação e de elementos estéticos (desde logo, a despreocupação com a iluminação e o guarda-roupa), reflecte as origens do autor. A importância do tema “violência na escola” celebra os ensinamentos recebidos na mesma. Apesar da curta duração (à qual não é alheia a falta de orçamento – mais atenção Ministério da Cultura!), nota-se personalidade. Fica-se ansiosamente à espera da segunda obra.
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quinta-feira, março 20, 2008

Salvador, sei lá!!!

Não há nada que me tire mais do sério do que paizinhos “pseudobem” que tratam os respectivos putos por você. Para quem acha esta postura elegante e/ou fina só tenho uma vocábulo. – Cretinos do cara”#$%lho…(Afinal eram dois, ou três se contarmos o “do”)
Passo a exemplificar. Estava eu hoje a meter o meu euromilhões (porque a trabalhar por conta de outrem não se enriquece e ainda acho que traficar droga é um bocado arriscado), e muito embora a aposta fosse só de 2 euros porque a vida tá cara quando ouvi uma frase tirada do mais estereotipado lugar-comum/cliché/chavão: “- Salvador, por favor não faça isso!!!” – Dizia o progenitor “chiquericamente” ao catraio que não devia ter mais de três anos.
E estas mer&%$das é que me lixam. Estava o gaiato, impunemente, a largar marteladas na vitrina da papelaria, fo”#%dendo o juízo a todos os presentes e ao correspondente proprietário, e o paizinho a tentar racionalizar com a criança…
O que vale é que lhes estala logo o verniz porque, minutos depois, quando eu e o clã maravilha, nos encontrávamos já na rua e o raio do chavalo desatou a correr pó meio da estrada pa se meter debaixo dum carro, aí já ouvi o pai a gritar: “- Anda já práqui!!!"
Ainda pensei em interpelar o homem, dizendo: “- Desculpe, mas não pretenderia por acaso afirmar - Salvador, peço-lhe encarecidamente o favor de se aproximar da minha pessoa… "– mas o ar de desespero do individuo já foi gratificação suficiente.
E o miúdo afinou logo….
Conclusão: Ser chunga não é tão bonito mas evoca de certeza mais autoridade, e sobretudo, mais respeitinho…FA

quarta-feira, março 19, 2008

Vamo lá atinar, fachavor!!!!

Quando, os Monges Tibetanos andam a aviar solha nos chineses, os “tablóides” pedem encarecidas desculpas aos pais da Maddie, a Merkel vai a Israel assumir o Holocausto, o Obama justifica-se por ser negro, a Euribor não pára de subir enquanto o Fed desce à grande, o Bush diz que a invasão do Iraque valeu a pena e o Vítor Pereira admite falhas na arbitragem do jogo entre o Leixões e o Porto, é o princípio do fim…. sinceramente, acho que tá tudo doido e que não chegamos ao Domingo de Páscoa, o que não me dá jeito nenhum porque já tenho apalavrado um daqueles ovos gigantes da Kinder, com brinde e tudo. Vá lá, chega de maluqueiras pessoal… FA

terça-feira, março 18, 2008

Soluções moderadas

Após a proibição de fumar em locais públicos, o Governo pretende agora lançar mais duas proibições: reprodução e importação de cães de raças perigosas e piercings na língua e órgãos genitais.

Concordo com a cena do tabaco e com a cena dos canitos porque diminuem substancialmente as hipóteses de ficar a cheirar a fumo e de ser brutalmente estropiado por incisivos dentes e esmagadores maxilares, que são duas coisas que me aborrecem um bocado. Sobretudo o cheiro a fumo na roupa.

Quando aos piercings, I really don’t give a fuck.

No entanto, posso compreender que um fumador com piercings e dono de um feroz amiguinho pittbull chamado Savimbi, Adolfo ou Paulinho Santos possa exclamar “xó me lixam, carachas!”, caso o piercing do fulano seja na língua.

Proponho por isso que se preveja um combinado de situações que possa amenizar a chatice provocada a este imbecil. A ver:

- Pode fumar em locais públicos caso possua um cão com um piercing na língua;
- Pode ter um piercing nos genitais caso o cão fume em locais públicos;
- Pode ter um cão de raça perigosa caso fume com os genitais.

Creio que a este Governo não falta credibilidade (esta frase teria muita piada se eu pusesse um ponto final aqui), mas sobretudo criatividade.

Fico ao dispor para ajudar (e esta frase tem muita, mas mesmo muita piada).
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sexta-feira, março 14, 2008

O fim?

Creio ser chegada a hora de terminar com a espelunca. Já não dá nada, poucos se interessam e claramente não tem futuro. É verdade que começou como um projecto aliciante e com perspectivas de realizar uma obra bonita, mas tem caído cada vez mais no esquecimento e o seu fim está inevitavelmente próximo.

Pelas razões expostas, proponho que o PSD seja dissolvido brevemente. Tipo amanhã ao pequeno-almoço.
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