Não IVeGerás

4.400 Paróquias portuguesas passarão a ter disponíveis a partir de meados de Janeiro um folheto sobre a posição da Igreja em relação ao aborto, não sendo nenhum choque para ninguém que, no desdobrável serão apontados cinco argumentos pelos quais a Igreja defende o "Não", Dizem que a iniciativa que precede o acto eleitoral serve para "um esclarecimento das consciências", não se tratando de campanha política. (mmmm…)
Aqui ficam os argumentos:
O ser humano está "todo presente desde o início da vida";
A legalização não é o caminho adequado para acabar com o aborto clandestino;
Em causa está a "liberalização legalizada";
O aborto não é um direito da mulher nem uma questão política.
Os bispos afirmam ainda que o aborto provocado "é um pecado grave porque é uma violação do 5º mandamento (não matarás)".
Sem querer pronunciar-me acerca dos méritos da argumentação apresentada, sempre ficam algumas dúvidas, tais como:
- Quando é que se dá o início da vida?;
- A legalização não acaba com o aborto clandestino. E a actual situação acaba?;
- O que é liberalização legalizada? (porque tudo o que se legaliza, liberaliza-se, esteja certo ou errado);
- O aborto não é, de certeza, uma questão política, mas não é um direito da mulher?;
- Pa matar, não é preciso haver vida? (questão de “timing” que ainda não ficou resolvida).
Quanto à violação dos Mandamentos, se formos por aí mais vale encerrar a sociedade moderna porque dá-se me a impressão que, hoje em dia, mesmo o crente mais acérrimo, num dia normal, tecnicamente, viola pelo menos 7 dos 10 Mandamentos, desde que se levanta até que se senta pa almoçar. FA