segunda-feira, junho 05, 2006

Crónica do viajante – Guimarães, o berço da Nação


Guimarães é o berço da nação. Basta lá ir para perceber porque nascemos tortos. Cidade mal amanhada, suja e cujo ordenamento do território se assemelha ao ordenamento duma vara de porcos na pocilga, Guimarães não deixa de ter algum encanto e misticismo.
O Castelo de Guimarães é ainda um lugar imponente e sente-se que aquele lugar tem História, mesmo sendo essa História a miséria que nós sabemos.
O centro da cidade foi considerado património da humanidade pela UNESCO, entidade que atribui a tudo o que é velho e ainda se encontra de pé, este nome pomposo.
Tenho a certeza que se vissem o vasto conjunto de currais abandonados do meu avô, tinham feito uma atribuição semelhante. Aliás, eu acho que eles olham para um velho debaixo de uma arcada de pedra ao pé duma praça calcetada, e zás: Património da Humanidade!
Mas quanto à cidade em si há, efectivamente, alguma piada no labirinto de ruas antigas da cidade, nas fachadas das casas e nas ruas pedonais, mas uma piada daquelas que só vale a pena ser contada uma vez e que nem sequer nos faz rir, tira-nos um ténue sorriso, se tanto, por escassos e breves instantes.
A zona do castelo e palácio está bastante bem arranjada e os jardins estão bem tratados embora aconselhasse o município a livrar-se das dezenas de cães vadios que por lá andam a espalhar doenças e a deixar presentes(na proporção de 1:2 com as flores), organizando uma batida séria e responsável para acabar com este problema de saúde pública.
Há quem diga que um passeio por Guimarães é um dia bem passado, mas também há quem diga o mesmo de Bagdad, por isso parvoíces todos temos o direito de as dizer.
Bons passeios e boas viagens!
ST