quarta-feira, maio 31, 2006

Crónica do viajante - A lição de Coimbra


Como diz a música, Coimbra é uma lição. A lição que eu aprendi foi a de nunca mais lá pôr os pés, ainda menos por alturas da queimas das fitas e outros eventos académicos do género.
Coimbra é cidade de tradição e quase toda ligada ao meio académico: a música, os trajes, os próprios lugares... E convém referir que este é um meio cheio de gente bonita e simpática, que individualmente me parecem pessoas sensatas e acessíveis mas cujo comportamento em grupo me suscita alguma repulsa. Acontece que o se vê em Coimbra é aquilo que se vê muito com matilhas de cães vadios: Quando se juntam tendem a fazer merda.
As tunas são o pior exemplo da tradição; Na minha opinião é uma fusão entre vinho rasco e falta de talento e os saltos que fazem parte da dança do "Pandeireta" não diferem muito duma doença que dá nos burros nas pradarias do Paraguai.
A comida na cidade é razoável e aconselho a todos as sandes de leitão acompanhada de vinho verde espumoso, cerveja ou água das pedras (qualquer coisa com gás que faça arrotar).
Mas Coimbra é também romance e beleza natural, muito contribuindo o Mondego para isso, descendo vagaroso desde a Serra da Estrela (Montanhas de beleza para uns, mas montanhas de mer@$% na minha opinião).
A cidade em si é bonita, o património de edifícios é um nadinha superior ao mau, que para Portugal é aceitável, mas um facto curioso que não posso deixar de referir é a amplitude ligeiramente grande na taxa de população: De semana vivem 500.000 pessoas e ao fim-de-semana e férias cerca de 5000 (semelhante a Figueiró dos Vinhos). É uma cidade de estudantes, que mais se pode dizer?
Globalmente, Coimbra é uma cidade interessante e o facto de estar no centro do país torna-se uma enorme vantagem, pois posso fugir de lá em qualquer direcção.
Bons passeios e boas viagens.
ST