quinta-feira, outubro 16, 2003

Odeio Touradas II - Choose your weapon

Na senda do meu brutal - e no entanto amanteigado e com um travo a canela - ódio às lides tauromáquicas, permitam-me (não têm outro remédio... ok, há sempre a página da Playboy...) que vos escreva sobre as armas utilizadas por ambas as equipas em campo.
Por banda do toureiro (saudações ao Gabriel Alves), temos, à falta de melhor termo, um pau com cerca de um metro com uma das pontas de metal afiadas. Infelizmente para o touro, o toureiro não agarra nessa ponta, mas sim na outra, já que o objectivo é espetar "the pointy thingy" no lombo do primeiro, fatiando-o de fininho, qual picanha do Aqui Há Peixe na praia do Carvalhal (dão-se informações por mail).
Do lado do touro optou-se, já que ele dispunha de duas pontas afiadas, por serrá-las ambas. Realmente, como ele tinha o dobro das extremidades em relação ao homem, seria injusto se fossem aguçadas. Os cornos são serrados junto ao nervo que é para o animal sentir que tem um novo visual, já que não vê muito bem, essencialmente porque lhe esfragaram lexívia nos olhos. Não há realmente lacunas nas regras deste jogo.
Os forcados não têm instrumentos bicudos de perfuração, mas em compensação têm um gorro ridículo (que todavia será moda nas estâncias de neve no próximo Inverno) que desconcentra o touro. Eu sinceramente era incapaz de correr na direcção de um tipo que tivesse aquilo na cabeça. Aliás, os meus pais sempre me disseram para eu não me aproximar de malucos. Mas admire-se a coragem de usar um garruço (grande palavra, senhores) daqueles em frente a milhares de pessoas. E na arena também. FR