Despropositado, mas não volta a acontecer
Viver aqui, neste momento, assemelha-se a trabalhar num parque de estacionamento subterrâneo. Custa a respirar. Está-se em piloto automático e isso não me agrada. As pessoas consolam-se nos centros comerciais. Ainda esta noite vi casais de namorados, a uma distância de oito metros das bilheteiras do cinema, sem a mínima ideia do filme que hão de ver. O único critério de escolha parece ser a hora da sessão. Que mania de reger a vida pelos horários.
Estamos todos pegajosos, tipo "pega-monstros". E no entanto só quero largar Lisboa. Quero tomar banho de mar ou de piscina à noite. Quero beber cerveja fresca.
E isso irrita-me. E mais me irrita estar a trabalhar, desperdiçando incríveis dias de praia. E ainda mais me irrita ler o que escrevem os tipos do Desejo Casar! Estão nos Açores (São Miguel e Terceira, pelo que percebi), frescos e com a alma limpa, entre as ondas do mar e o verde da costa (mais fresco só os anúncios da Olá - e já agora, grandes anúncios os da Vaqueiro...). Bom para eles, que me têm feito boa companhia nesta infernal primeira quinzena de Agosto, enquanto não vou de férias. Acho que nessa altura só vou ter saudades de dactilografar linhas inúteis por cada ideia que me pareça genial. Ao menos aqui onde escrevo tenho ar condicionado e ao pé do leitor de DVD, não. Desculpem, mas está calor e amanhã de manhã ainda vai estar mais. FR
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