Estado Social – Versão Portuguesa

A versão portuguesa do estado social é mais ou menos assim:
- Paga-se impostos para se ter o direito a levantar às cinco da manhã a modos de chegar ao centro de saúde lá pás seis da matina, a ver se se ainda arranja marcação pá consulta de urgência a ter lugar lá pás oito e quarenta. Se calhar se não se pagasse impostos, nem havia centro de saúde e todos os dias passava um gajo tuberculoso lá em casa pa nos arrear uma carga de porrada.
- Paga-se impostos para se ter o direito a pagar portagem quando se anda na auto-estrada e mesmo assim aquela mer”#da tá sempre em obras a modos que durante um porradão de quilómetros só tem uma faixa mal amanhada emparedada entre Legos de betão. Se calhar se não se pagasse impostos nem havia auto-estradas, nem carros e um gajo tinha de ir à pata tal qual um peregrino.
- Paga-se impostos para se ter o direito a, de modo a pôr os putos numa escola minimamente decente, ter de se dar a morada do primo da cunhada, e depois pagam-se os livros, as canetas, as borrachas e a restante cangalhada escolar, a cantina e mais o diabo a quatro. Se calhar se não se pagasse impostos, não haviam escolas e os putos eram criados por lobos. O Estado Social Português começa-me a cheirar àquele jogo da roda... FA