sexta-feira, outubro 01, 2010

Gliese 581g e teoria económica*

Excelente notícia: astrónomos encontraram um planeta que é susceptível de ser habitado por humanos – o Gliese 581g.
Má notícia: fica um bocado fora de mão - vira-se à direita depois da Lua, segue-se sempre em frente vinte anos-luz e depois é logo ali, vê-se logo, não há nada que enganar. Em gasóil sai caro mas, pelo menos até ser anunciada a edição revista e ampliada do PEC, não há portagens.
No entanto, mais do que contemplar a perspectiva de ir habitar um novo planeta, onde quase de certeza que não conheço ninguém, nem sei mesmo se há SporTV ou imperiais decentes, esta conclusão dos astrónomos preocupa-me pelos recursos que são utilizados em descobertas mais vãs que uma viagem do Madaíl a Madrid. “Porquê?”, pergunta V. Exa. num tom desconcertante que não lhe admito. Porque a descoberta do Gliese 581g serve de exemplo a tantas outras que eles fazem diariamente e que nunca têm resultados práticos. Por exemplo, usam os telescópios para espreitarem as miúdas da vizinhança. Descobrem imensas susceptíveis de ser papadas, mas também nunca lá vão.
Ora, o desequilíbrio na distribuição de recursos escassos (os telescópios valentes), não permite que um bem valioso (miúdas) seja equitativamente aproveitado pela generalidade da população. E o somatório de pessoas que percebe minimamente de economia, bem como o nosso Ministro das Finanças, deviam estar mais atentos a isto.

FR
* Samuelson, põe os olhos nisto.

1 Comments:

Anonymous ST said...

o facto de nem toda gente fazer uso do telescópio parece-me vantajoso, pois assim existem ainda alguns recursos livres de serem aproveitados(abusados, apalpados).
O que aconteceria se todos descobrissem miúdas e fossem seguidamente ter com elas? O fim do mundo e das bases da economia e da sua lei de oferta e procura.

sexta-feira, outubro 01, 2010 12:30:00 da tarde  

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