quinta-feira, maio 18, 2006

Cuspir no adversário e culpar o árbitro

O Carrilho lançou um livro em que acusa os jornalistas de terem denegrido a imagem do candidato derrotado à presidência da Câmara de Lisboa, assim prejudicando a respectiva campanha. Acusa, nomeadamente, de não saber que estava a ser filmado quando recusou apertar a mão ao outro candidato, depois de um debate. Ora, salvo melhor opinião, que certamente há por aí aos pontapés, esta acusação consegue - o que não é fácil - fazer do Carrilho um idiota ainda maior do que aquilo que ele aparenta ser. O que ele diz é: sei que sou mal criado, mas só às escondidas, porque também sou cobarde, e não fossem os jornalistas queixinhas ninguém saberia que eu sou mais puto mimado que o Dinis, meu filho imbecil que me lixou a campanha eleitoral.
Por outro lado, confesso que percebo o homem: imagine-se o que é estar na privacidade de um estúdio de televisão e ser filmado por uma das sete câmaras presentes no local. Quem é que consegue estar prevenido contra um plano tão maquiavelicamente bem engendrado? Não se faz isso ao coitado do político ingénuo...
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