quinta-feira, fevereiro 26, 2009

Tinta correctora

O afável bispo inglês que continua a negar a existência do holocausto deu mais uma entrevista. O presbítero hitleriano afirmou, depois de meter o euromilhões, que morreram no máximo 200 ou 300 judeus às mãos suaves e hidratadas dos nazis.
Trata-se, manifestamente, de um exagero bárbaro.
O Montra sabe que 200 ou 300 são números optimistas. Na verdade, entre os anos de 1939 e 1945 morreram, rigorosamente, zero judeus. Houve um, sim senhor, que andou mal por causa de uma maleita, que inicialmente parecia uma pneumonia mas que depois se percebeu que era uma gripalhada mais forte e que só se veio a curar pelo milagre do cházinho e do ben-u-ron. É que andou mesmo mal, o homem.
Agora 200 ou 300, isso é que era bom.
O bispo demonstrou ainda um profundo desconhecimento de História quando omitiu a verdade sobre Anne Frank. A moça viveu em Amesterdão, ninguém o nega, mas não num sótão, em terrorífica oclusão. Viveu sim, sabemos nós porque nos contaram, que a menina vivia em desenfreado despudor numa montra do Red Light District, a aviar judeuzinhos ávidos de cauboiada. E discriminava, a gaja, pois circuncidava à dentada muitos oficiais das SS que por lá iam aliviar as amarguras provocadas pelas infames tropelias que os Aliados lhes confeccionavam. Precisamente, o dia D assim se chama porque doeu tanto como as dentadas que a galdéria Frank dava aos panzers dos nazis.
Reposta que fica a verdade, é tempo de me preocupar com coisas sérias: o Late Night do Conan acabou e o YouTube ainda não me deixou pôr aqui no Montra um vídeo do gajo. Não anda bom, o YouTube. Ou então sou eu que percebo pouco disto, mas isso sinceramente não estou a ver como é que pode acontecer.
FR