quarta-feira, novembro 19, 2008

Até já senti umas pingas

Dois garotos, em trânsito no comboio habitual que os levava à terra, endiabravam uma carruagem onde seguia um casal de meia-idade. Na carruagem do lado, os colegas dos fedelhos organizavam tropelias que fariam corar os dois primeiros, caso estes ainda tivessem arranjado lugar junto deles. Mas só dava para oito e o pica era tramado.
Acercavam-se as férias da Páscoa e naquela manhã, apesar das serras, estava abafado.
O marido resolveu por isso abrir a janela e, enquanto lia o Jornal, a sua mulher inquiriu sobre se aquele tarde traria alguma chuva. “Creio que sim” respondeu ele. “Até já senti umas pingas”.
Ao baixarem na estação de destino, os colegas rapidamente informaram os dois garotos: perante a necessidade de se aliviarem do chá quente do pequeno-almoço, tomado pela manhã ainda no Colégio, a solução estava ao alcance de uma janela aberta.

Não faz jus à versão original, mas eu também nunca farei.

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