sexta-feira, setembro 05, 2008

Isto é coisa que eu ainda vou desenvolver

Devo começar por escrever que sempre me pelei pelo conceito de livre arbítrio. É que é mesmo daqueles que nem parecem saídos de uma disciplina como a filosofia. E “disciplina” não foi aqui escolhido ao calhas, como normalmente são os conceitos, adjectivos e alguns substantivos que eu para aqui escarrapacho. Não, “disciplina” serve para mostrar o meu desdém por uma merda que se fosse um pouco mais chata podia ter um espaço televisivo só para ela na RTP-N, à hora que eu costumo ver televisão.
Não é que a epistemologia não me seduza. Nada disso. O problema é outro que, apesar do enfado de V. Exa. leitor neste tema, passo a explicar: se o Kant pudesse comprar livros, DVD’s e CD’s na Amazon, se o gajo pudesse viajar para algum sítio que não fosse o café lá do bairro, não havia razão pura para ninguém. É que estamos a falar, eu estou a falar porque V. Exa. tem a parte fácil e privilegiada de me ler, de um imbecil que nunca saiu da terra onde nasceu e cujo nome agora me escapa como se eu fosse uma direita do Nadal a escapar do Murray (isto é só amanhã, mas há coisas que nunca mudarão).
Mas o que nos traz aqui é o livre arbítrio, que é lindinho lindinho, mas só devia estar disponível para alguns. Disse alguns? Queria dizer poucos.
Porque não nos podemos esquecer que o livre arbítrio é responsável por coisas altamente estúpidas e coiso. O Red Bull Aviõezinhos Race é uma delas. Pôr aviões a fazer manobras perigosas em cima de uma cidade soa-me a uma ideia tão boa como levar sacos de areia para a praia (quem vive na Costa, por favor ignore esta afirmação).
O livre arbítrio passa assim, num ápice, de uma cena que se aplaude para uma que se apupa veementemente.
E eu hoje não estou para isso.
FR