Não gozo a ponte, gozo com o Santana

Odeio faltas de sentido de humor. Pancadaria, insultos, até uma violaçãozita de um direito fundamental, tudo bem, agora faltas de piadola, acho rudes. O leitor mais esperto (conceito bonito e motivador de regozijo não fossem as duas palavras que se vão seguir a este parêntesis) deste blog já terá percebido que me estou a referir à hilariante cena ocorrida na esquadra de Moscavide, que foi invadida por um grupo que tentou impedir um gajo de apresentar queixa contra os seus elementos. A esquadra só tinha na altura um agente lá dentro, pelo que a invasão consumou-se.
Isto é sem dúvida lindíssimo. Todavia, os invasores perderam uma excelente oportunidade de trancar o solitário bófia na cela da esquadra, aí o deixando até à chegada do primeiro colega no turno seguinte. Ora, estas oportunidades são como uma boa ideia do Santana Lopes: aparecem uma vez na vida. E se aquela já ocorreu em Moscavide, a do ex-socialite - só vale a pena mencionar os cargos que ele desempenhou com dignidade - ainda está para vir.

Outro exemplo de falta de humor é este: ao desmantelamento do bar de alterne O Avião, na 2.ª Circular, toda a gente reagiu com um “ah ah ah, lá se foi o Avião sabes qual é? sei mas nunca lá entrei sim sim não deves ter entrado ah ah ah”. Passadas umas horas sobre a destruição daquilo tudo por uma empresa de resíduos, descobriu-se que o avião era de um modelo raro que valia não sei quanto e agora já toda a gente diz “ai que pena não se aproveitou aquilo para nada”. Ora esta última notícia é muito mais engraçada que a da destruição. Eu acho.

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