Post potencialmente perigoso
Um cão com fins económicos, por exemplo, custa 5 euros. Ou seja, um chulo de canídeos paga menos que uma criança que queira um rafeirito para brincar.
Já quem queira um canito para fins científicos está isento de pagamento. O truque é, está visto, dizer que se quer o cão para experimentar o shampô antes de o usar para ver se o pêlo fica macio. Se calhar é por isso que andam por aí tantos cães a cheirar melhor que eu. O que não é difícil, admito.
Depois há mais duas categorias: a dos cães potencialmente perigosos (13 euros) e a dos cães perigosos (os mesmos 13 euros). E aqui começa a merda: um cão que um dia destes dá cabo de uma velhota ao almoço paga o mesmo que um cão que já deu cabo de uma velhota ao almoço. É que aparentemente a diferença entre o cão potencialmente perigoso e o cão perigoso é que este último comprovadamente já arranjou sarilho. E já agora como é que se sabe se um canito é potencialmente perigoso? Anda armado? Faz ameaças? E se um cão é perigoso para quê licenciá-lo? E porque é que o piruças chamado Rebuçado e que pertence ao menino Joãozinho que anda na segunda classe só paga menos dois euros que o rottweiler chamado Mussolini que pertence ao núcleo da Juve Leo do Cacém?
A título de curiosidade, o licenciamento de um gato fica em 11 euros. Quanto ao licenciamento de gajos que fazem estas classificações e que têm um QI inferior ao dos animais em causa e ao licenciamente dos camelos que insistem em ter animais em apartamentos, a tabela é omissa.
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