terça-feira, janeiro 27, 2004

A verdade está lá fora... à chuva, coitada

Um dedicado amigo (que pobrezito, lê o Montra) "mailou-me" explicando - a propósito do post "Pano encharcado no focinho", de sábado 24 de Janeiro - que a expressão "atirar a toalha para o chão" surgiu nos combates de boxe. Ou seja, quando um dos pugilistas estivesse a levar nos cornos mais do que é sua obrigação, o seu treinador atiraria a toalha para o chão.
Agradeço-lhe a explicação, mas penso que não era esta a melhor justificação. Nem atitude por parte do treinador.
Não seria mais eficaz atirar a toalha à cabeça do boxeur que estivesse em vantagem? Ou, mais eficaz ainda, atirar uma cadeira? E não precisaria o treinador da toalha para limpar o sangue do seu pobre discípulo? E se molhasse a toalha, a enrolasse carinhosamente e de seguida chicoteasse o seu pugilista, punindo-o pela incompetência demonstrada no combate?
E mesmo que se aceite a explicação, porque é que a expressão existe na nossa língua, quando nem temos tradição no pugilismo, pelo menos organizado?
Começo a achar que esta expressão tem qualquer coisa de conspirativo e secreto. Como acho que me estou perigosamente a aproximar da verdade e, ao mesmo tempo, sou mais cobarde que um Conde d'Abranhos ou um Dâmaso Salcede, vou abandonar por aqui este misterioso tema (cuja obra feita espero que alguém aproveite) e dedicar-me a um dos seguintes três: Que é feito da guru da culinária televisiva, Filipa Vacondeus?; Onde é que Santana Lopes desencanta ideias tão bestiais? e; Porque é que - e aqui chamo a atenção para o infeliz ocaso que originou esta descoberta - existe uma telenovela chamada Morangos com Açúcar e uma outra chamada Chocolate com Pimenta?
FR