quinta-feira, janeiro 15, 2004

Radiologia

Raramente ouço rádio. Uma tíbia, um metacarpo, ainda vá! Agora rádio, raramente.
Fora a tentativa de piadinha anatómica, é verdade que ouço rádio com pouca frequência. Em onda curta, portanto! Ok, mais uma tentativa... à terceira saio do blog.
Bom, mas no outro dia ouvi um anúncio: "96.6 FM BestRock", com uma música por trás e uns tipos que de manhã têm piada e tal. Rapidamente sintonizei 96.6 e, qual não é o meu espanto, estava precisamente na mesma estação. Ou seja, eles divulgam a frequência para quem já lá está. Noutros termos, já aflorei este tema, sobre aquilo que eu gosto de chamar de - adivinharam - publicidade de merda.
E depois completaram, ainda na rádio, "agora também em Coimbra: 98.7 FM!". Eu não vou a Coimbra. Não percebo. E mesmo que eu vivesse em Coimbra, convinha fazerem publicidade noutras rádios, senão só a sintonizará quem lá chegue por sorte. Ou azar.
Como gosto de aprofundar os problemas que assolam a sociedade portuguesa, em particular, e a mim, em geral, pensei afincadamente na origem de semelhante tipo de publicidade. Concluí, após dois longos minutos, enquanto a caneca do Snoopy com leite rodava dentro do micro-ondas, que o problema não está nos publicitários, está nos gestores. Estes génios, com cursos tirados em universidades cujos nomes envolvem uma imensidão de gafanhotos quando pronunciados, devem pensar: "isagente passasse uzanúncios nanossa própria rádio quépraser de graça!". Olhe que não, sôtor, olhe que não...
FR