Luto
O homem que disse, oito ou nove vezes num só jogo, que os grandes senhores do futebol deveriam pensar seriamente o estado do mesmo, que disse que o Liverpool jogava com uma dupla de três centrais, que falava em dois a três metros quando qualquer espectador constatava que ele falava de vinte centímetros assim consagrando o feito de dispor de um sistema métrico de uso exclusivo, que perguntou a Artur Jorge “Derrota, demissão?” e que escalpelizava (fica a homenagem) os aspectos tácticos do jogo com a profundidade de uma Rebelo Pinto, deixou-nos.
Deixou-nos órfãos de relatos brilhantes, de considerações irrepetíveis e de comentários orgásmicos, como “ooooohhhhh”, “aaaaaaahhhhhh”, “espectáculooo” e “um hino ao futebol”. É verdade que este último eu continuo a utilizar frequentemente na cama, mas enfim, vou ter saudades...
E quem não se lembra das situações em que o homem se mandava para fora de pé, perdendo o nexo de um qualquer raciocínio, logo o retomando com uma criatividade Laudrupiana ou Ruicostiana, que tão bem o caracterizam. Pensando bem, quem se lembra?
Volta em breve, Gabriel! Que é como quem diz aceita lá a merda do acordo com a RTP ou arranja um advogado melhor, porque senão qualquer dia temos a bola comentada por aquele gordo de pêra dos concursos.
7 Comments:
Credo! Hino ao futebol na cama?! Ainda não me tinha lembrado dessa... hummm... isso parece muito à frente!
Com direito a "cantos", "bola parada", "fora de jogo" e "penalties"?!
Hummm... efectivamente estamos sempre a aprender...
"penalty" dá direito a casamento em algumas famílias...
e o resto acho que é melhor não elaborar...
mas acho que "bola parada" tem potencial...
acho que o GA perdeu a piada toda quando emagreceu...
mas no outro extremo temos o fabuloso Rui Tovar, a amiba dos comentadores.
o gordo dos concursos e de pêra? o Malato?
se ainda fosse o famoso Reinaldo, esse mulato que marcou uma geração de ZX Spectrum... podia ser que houvesse mais audiência, quem sabe.
é o mesmo gabriel que relatou, em ido Espanha-Nigéria:
«Zubizarreta a levar a mão às bolas... perdão, as mãos à bola».
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