quinta-feira, julho 13, 2006

Cornuto

A FIFA decidiu abrir um inquérito ao Materazzi por este ter insultado a mãe do Zidane, prevendo-se que o castigo vá desde lavar a boca com sabão até escrever cem vezes "só devo dizer asneiras a jogadores de países com pouca influência no futebol mundial". Ou seja, a FIFA ainda não percebeu que o italiano, ao chamar "puta de uma terrorista" à mãe do jogador francês, não pretendia insultar a senhora mas sim fazer com que o Zidane fosse expulso. O Materazzi está-se borrifando para a Madame Zidane, queria era ser campeão do mundo. A inexperiência do Zizou fez o resto.
Não obstante, já que vai haver inquérito, creio que a federação italiana deveria basear a defesa do seu jogador em depoimentos vários com o objectivo de ajudar a FIFA a ir ao fundo da questão, como por exemplo:
- O pai do Zidane, ao qual perguntaria se manteve relações sexuais com a respectiva esposa dando-lhe algo em troca. Um jantar, por exemplo. Se sim, a senhora é de facto pêga;
- A avó materna do Zidane, à qual perguntaria se a mãe do jogador fazia traquinices em criança. Em caso de resposta positiva, a senhora é terrorista.
Talvez assim a FIFA compreendesse que deveria estar quieta, que não há desculpa para marrar em italianos, por mais irritantes que eles possam ser.
Entretanto, o organismo máximo do futebol mundial (obrigado Gabriel Alves) acaba de destronar do trono da incoerência o Carrilho, pois andar a chatear o pessoal todo com mensagens de fair play e depois atribuir o prémio de melhor jogador ao Zidane é obra que nem o filósofo marido da outra é capaz de fazer.
FR