We're back - ou não somos portugueses? - o fracasso e um post pessoal

Perdemos. Perdemos o jogo que não podíamos perder. Perdemos porque tivemos em campo um gajo - o Deco - que joga na selecção para ter prestígio, lento, à procura da faltazinha. Perdemos porque o Figo não é o Maior, é apenas bom, e será mais conhecido por ter gerido bem a carreira do que pelas taças que conquistou. Perdemos porque tentaram pôr um miúdo a resolver o jogo, quando os mais atentos perceberam que já toda a gente lhe tinha topado a finta há muito tempo. Perdemos porque antes do jogo já se festejava, e depois do jogo se festejava o segundo lugar. Perdi eu o sonho que nascera há 18 anos, desde que o Maradona ganhou o Mundial de 1986 e foi levado em ombros. Desde esses meus oito anos que passei a gostar de futebol, que quis ver um português a levantar a taça. Com a camisola do Eusébio vestida, ainda tenho esse desejo, que talvez se concretize daqui a muitos anos. Para já ficam comigo o Nedved, o Rui Costa e pouco mais. E o Perestrelo. Ficam comigo os que tentaram ser os maiores e não puderam. Ficam os que parecem jogar futebol porque querem ficar na história. Ficam os heróis pessoais, que espero que façam nascer nos miúdos de 8 anos o meu sonho, o meu gozo, e sobretudo mais força, que não os faça escrever estas porcarias daqui a duas décadas.
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