quarta-feira, abril 28, 2010

Ao Primeiro-ministro e ao Senhor que esta semana é presidente do PSD

Eis a solução para a crise económica portuguesa, inspirada numa já longa tradição comercial Lusitana, acompanhada à guitarra portuguesa:
Portugal requer a própria insolvência, encerra logo actividade, fecha portas, desliga os telefones e demais serviços, despede todos os habitantes, põe o património e activos em nome do primo ou da tia e passados dois meses abre outro país com um outro nome e continua a laborar. Tá feito. FA

quinta-feira, abril 22, 2010

Santa vidinha

A qualidade de vida, excelentíssimo leitor, já era. Precisamente, um exemplo de que a vidinha que levamos perdeu o gozo, já vai longa e nunca mais acaba, reside nos computadores, como esse que V. Exa. tem à frente.
Veja como, e foda-se se isto não está tudo mal, as maiores vantagens que os computadores nos podiam trazer estão esbatidas, para não escrever fodidas porque já tinha começado a frase com um foda-se, porque os programas, que deviam ser controlados por quem os usa - nomeadamente por mim, que sou o caso que conheço melhor - são afinal controlados pelos programadores que os fazem e aparentemente nunca conseguem acabar.
Constate V. Exa. como pagamos para usar um programa mas nunca compramos o produto final. Compramos sempre uma versão inacabada que precisa de constantes actualizações, mas que apesar disso nunca funciona melhor. Por cada actualização que um programa faz, eu imagino um desses programadores a dizer “epá, estive a ver melhor e afinal isto assim é que fica bem.” É o mesmo que me aparecer lá em casa o arquitecto a dizer “desculpe lá a maçada, mas estive a pensar e esta janela fica melhor noutro sítio. Fazemos as obras agora ou quer que o relembre daqui a 10 minutos?”
E continue V. Exa. a constatar que nós pagamos sempre, resignados que estamos à vontade de uns informáticos ignorantes e imbecis que sabem quanta memória ocupa uma foto de uma gaja mas não se lembram da última vez que beijaram uma. Uma gaja, não a foto. Isso era porcaria.
Mais grave é que este princípio do “lixe-se a pessoa, há que tratar bem é das coisinhas mesmo que isso complique a vida a toda a gente” começa a valer igualmente para outras coisas: os telemóveis vêm com um software obscuro porque já não são suficientes para fazer chamadas e os bancos e os serviços básicos passam a santa vidinha a arreliar as pessoas com alterações aos contratos, serviços e preçários e querem saber tudo através de inquéritos de satisfação que, não obstante os resultados, ainda não se chamam inquéritos de insatisfação. A tia deles.
FR

Dois Deuses. E o Zidane.

O Maradona, ou não percebeu a piada ou interroga-se acerca do pó branco em cima dos matrecos. Ou questiona-se como é que se finta meia equipa inglesa com um ferro espetado no tronco.
FR

segunda-feira, abril 12, 2010

Crédito Personalizado

Ouvi dizer que se calhar vou ter de emprestar 73 euros à Grécia. Vou já avisando que, na parte que me toca, as condições são as seguintes:
- Taxa de Juro Nominal: 23,000% durante todo o prazo contratual;
- O montante não inclui os encargos. Se a Grécia pretender o financiamento dos encargos decorrentes do crédito, o valor do financiamento ultrapassará necessariamente o montante admitido sendo necessária autorização superior (da patroa…);
- Prazo: De 6 a 7 meses;
- Garantia: Constituição de hipoteca voluntária sobre o território da Grécia, com montante máximo assegurado de € 106,34;
- O Financiamento fica sujeito à subscrição de um Seguro de Vida que garanta o pagamento do Capital seguro e de um Seguro Plano Protecção Pagamentos que garanta o pagamento da prestação mensal do financiamento;
- A presente operação ficará ainda sujeita a uma comissão de abertura de processo (€ 150,00), e de avaliação (€ 255,00), não reembolsáveis.
Antecipadamente grato pela preferência FA

quarta-feira, abril 07, 2010

Ai pede-me outra coisa qualquer

Muitos dos primeiros compradores dos iPads vieram dizer que o aparelho vem com muitos problemas. Tentei saber que problemas eram esses mas depois percebi que nem sequer sei para que servem as aplicações que aparentemente têm falhas. Percebi ainda que ninguém sabe muito bem para que é que serve o iPad, até porque quem gosta destas coisas já tem um portátil decente e um iPhone. As notícias sobre este tema, que mereceu obsessivo destaque em todos os meios de comunicação desde que o iPad foi anunciado, referem sempre que estes primeiros compradores andavam ansiosos com o lançamento do aparelho. Muitos deles perderam horas e até dias de sono para serem os primeiros a possuir aquela cena.

E depois o iPad é que tem problemas.
FR