sexta-feira, agosto 29, 2008

Assalto à inteligência

Esta onda de assaltos inquieta-me, por uma única razão que, se ainda dela me lembrar daqui a dois minutos, conseguirei expor aqui de forma clara. É difícil, porque isto tem muitas letras e porque o meu português é incomensuravelmente grandioso (pimbas!), mas vou tentar.
A vaga de assaltos não é de agora. É de há pelo menos três quinze dias. Os esbulhos começaram, no entanto, sem ninguém dar por eles. Exemplo: roubaram o resto de massa cinzenta que os jornalistas ainda tinham. Alguém notou? Claro que não. Outro exemplo: roubaram uma porrada de noções sobre jornalismo e critérios editoriais das redacções nacionais. Quem é que topou o gamanço? Ninguém.
Já os jornalistas, depauperados de qualquer tipo de clarividência, agora vêem assaltos em todo o lado. Roubaram 320 euros em ouro de uma ourivesaria? Ai Jesus é só gatunagem. Fanaram a pensão a uma idosa com um puxão de carteira? Ai os pilantras que iam armados até aos dentes. Ontem, inclusivamente, noticiaram com o título Assaltos com Violência, o roubo de 150 eucaliptos. Eu posso perceber que um eucalipto (ou um abeto) se sinta profundamente chocado com a violência exercida sobre árvores, mas podiam passar a coisa só nos noticiários para seres inanimados, escusavam de me maçar, logo a mim coitado que ando tão abatido por o US Open só passar às tantas da manhã. Ou será que o assalto com violência se referia ao que me estava a acontecer enquanto via a notícia? É que me estavam a assaltar a inteligência (um niquinho de espólio, portanto) com uma violência tal que passado meia hora ainda não estava a distinguir bem as cores, tal a dureza com que carregam no vermelho e no amarelo dos gráficos televisivos.
FR

quarta-feira, agosto 27, 2008

EVITE UM BALÁZIO, UTILIZE A INTERNET

(Esta mensagem não tem a anuência do Ministério da Administração Interna)

Será que tudo isto não passa de uma iniciativa por parte do governo no sentido de incrementar a utilização das novas tecnologias?
Que ir ao banco ou meter gasolina estava a ficar perigoso, já todos sabíamos. Mas que ir aos correios meter uma cartita também já dá direito a assalto, essa já é novidade, por isso, malta, evitem todos esses locais de má frequentação!!!
Agora até dou graças a Deus pelo Net Banking, MMD e às máquinas automáticas dos CTT. Pena é que ainda não dá pa meter gasolina pela internet. Mas lá chegaremos, espero. FA

terça-feira, agosto 26, 2008

Saudinha

Quando os médicos afirmam que:
“O paciente encontra-se com prognóstico reservado.”
Querem dizer que:
“Não faço a pu”#%ta da mínima ideia no qu' esta mer”$&da vai dar.”
É assim, das duas, uma. Ou o coitado lerpa daí a dois minutos, ou então tem alta no dia seguinte e sai a fazer triplos mortais. A Medicina não é uma ciência exacta, meus amigos!!! FA

segunda-feira, agosto 25, 2008

Let there be light!!!

Antes, achava eu que o aviso de um gajo ter de desligar o telemóvel no cinema não fazia muito sentido. Cogitava que bastaria simplesmente desligar o som do aparelho e que os gajos da Lusomundo eram uns exagerados.
Mas agora, com os telemóveis mais recentes, todos quitados, com ecrãs do tipo “3,2 - 262,144 cores / 240 x 400 pixels / WQVGA TFT LCD”, tal advertência já tem muita razão de ser porque basta uma qualquer bestinha, munida de um telemóvel destes, resolver logo ali, ler uma mensagem SMS, MMS ou e-mail que entretanto recebeu, e aquela mer#$%da alumia logo a sala toda de tal maneira que até dava pa ler um livro…
Por isso, minha gente, não pensem que são muito educadinhos e não sei quê só por tirarem o som ao telemóvel no cinema se depois estragam tudo a iluminar o recinto e cegar a malta toda. Agradece-se a atenção.FA

sexta-feira, agosto 22, 2008

Catarro

As olimpíadas de Pequim são um verdadeiro manjar dos deuses para alguém como eu que, esparramadíssimo no sofá, sei ver algumas modalidades com o mesmo interesse e empenho que um adolescente bota num desfile da Victoria Secret.
Já o Paulo Catarro, cuja figura púbere e voz à procura de maturidade eu até nem odeio, prefere falar com a Odete Santos em vez de transmitir vezes sem conta o tropeção e consequente choro compulsivo da menina Lolo Jones nos 110 metros barreiras ou a patética passagem do testemunho nas provas masculina e feminina dos 4x100 metros. Isto sim, são coisas que me comovem enquanto entretêm. Já a Odete Santos, mãezinha, não me provoca uma única sensação positiva. A senhora podia tentar apanhar com os dentes o avião que caiu em Barajas que eu mudava de canal com indiferença só para ver se os 50 km marcha já tinham acabado, apesar de eu ter visto há menos de cinco minutos que só iam no quilómetro dois e meio. É para verem a consideração que eu tenho pelas pilhas do meu comando de televisão.
Ginástica, igualmente, nem vê-la. Por sorte, vi no Eurosport o final de um Itália – Polónia em volley que teve mais interesse que a Volta a Portugal toda e no entanto o Paulo Catarro foi incapaz de blocar a Odete com uma bicicleta nos cornos. Fico doido.

Como doido fico com o facto de a Bíblia, tão grande tão grande mas nem especifica qual o tipo de pão que foi multiplicado. É que pão, assim só, pão, não existe. O que há é pão saloio. Pão brioche. Pão alentejano. Branco. De cereais. Integral. Não há só pão. Lembrei-me disto porque no outro dia perdi uma excelente oportunidade de retorquir “onde é que está um Jesus Cristo quando é preciso?” quando a senhora do sítio onde pedi uma tosta me disse “há pouco pão”. Era pô-la a ver o programa do Catarro, à cabra. Como frequentemente me acontece, só depois (alguns quinze dias) é que me lembrei desta resposta. Não que a cabra a percebesse, mas tinha-a para mim como uma vingança por a gaja nesse dia me ter feito almoçar um cornetto de doce de leite. A cabra, que aquilo nem é cornetto que se apresente. Como os da Odete. Olhem, já nem sei que escrevo, fiquem com a pobre Lolo.

FR

Energia hipócrita

Um dos navios da Greenpeace, o quebra-gelo “Artic Sunrise”, atracou ontem em Lisboa. Esta embarcação, como toda a gente sabe, funciona, não com recurso a combustíveis fósseis, mas sim, a derivados de melodias celestiais, aroma de rosas, manhãs de verão, chilrear de perdizes e sorrisos de criança……FA

quinta-feira, agosto 21, 2008

Dá pa ver a minha casa daqui!!!

A acreditar na palavra de alguns comentadores (atrasados mentais, quiçá, bestinhas do cara#”%lho), podemos ficar todos descansados pois é certo que só as “aeronaves” das companhias “low cost” é que tombam que nem tordos embriagados ou estouram que nem petardos de arraial…. FA

quarta-feira, agosto 20, 2008

Muito pequenina e macia



A Microsoft ainda não conseguiu resolver nem metadinha dos bugs do Windows Vista e já anunciou que vai apresentar pormenores sobre o Windows 7, designadamente, detalhes e informação técnica aprofundada, na Professional Developers Conference, em finais de Outubro e na Windows Hardware Engineering Conference (WinHEC), em inícios de Novembro. Divulgaram já que o novo sistema operativo vai ser baseado no kernel do Windows Server 2008 e não vai permitir a utilização do GPU para aliviar a carga do processador central.(WTF?)
E antes que os geeks e nerds dos computadores, habituais consumidores deste blog, atinjam o orgasmo, vou-vos comunicar o que me apoquenta em toda esta história.
É que eu ainda nem sei bem onde é que está a janela das definições da “resolução do ecrã”ou a opção de “adicionar impressora” no Windows XP, quanto mais no Vista, e agora já me vêm falar num Windows novo!!!?? Agora é que nunca mais acerto com nada de jeito!!! Vai ser erro fatal atrás de erro fatal!!! FA

terça-feira, agosto 19, 2008

Não há Naide pa ninguém

Iich!! Esqueci-me de meter o Euromilhões!!! E é jackpot!!! FA

quarta-feira, agosto 13, 2008

Tenho tanta, mas tanta razão

Antes que façam um Prós e Contras sobre isto, deixem-me clarificar que eu não vou lá participar apenas e tão só porque não suporto a voz da gaja. Posso até mandar este texto em Word para ser lido por alguém com uma voz melhor, como o Stephen Hawking, o Darth Vader ou a Dulce Pontes. Aproveito para dizer que a gaja do Prós e Contras, com a Júlia Pinheiro, a Catarina Furtado e o guarda-redes Ricardo, são, quando juntos e a sussurrar, uma arma de destruição massiva, daquelas que doem tanto como ficar com o mindinho entalado entre um camião TIR e um contentor carregadinho de bigornas.
Iniciava eu este texto escrevendo eloquentemente sobre o reduzido ou nulo número de medalhas que Portugal vai trazer dos Jogos Olímpicos de Pequim, número esse que vai deixar boquiaberto um sem número de imbecis que acompanha o Paulo Catarro nas noites olímpicas da RTP mas desconhece quantos metros tem uma piscina olímpica. É provável que a Vanessa Fernandes, apesar do peso do aparelho nos dentes, consiga trazer uma medalhita. Eu espero que sim, até porque virá na tradição de outras beldades portuguesas que o conseguiram, como a Rosa Mota e a Fernanda Ribeiro. Mais, tendo em conta que para além destas duas estampas apenas o Carlos Lopes conseguiu trazer o Ouro para Portugal, preferia a companhia deste último numas férias românticas. Também a Naide Gomes, pela fisionomia, é bem capaz de conseguir uma medalhinha no salto em comprimento. O Nelson Évora e o Obikwelu às tantas também conseguem e depois há sempre um gajo da vela que, apanhado num mini-ciclone, consegue chegar nos três primeiros. Ou seja, devemos conseguir duas ou três medalhas, e e.
Ai não sei quê, o Estado não apoia, vão lá é para fazer turismo, foram com pouca antecedência, ficaram no quarto ao lado dos russos que só sabem beber e fazer barulho, não há infra-estruturas, não há um projecto olímpico, choveu, a alimentação era muito diferente, faltam apoios dos privados e estamos num país onde nem há dinheiro para comer. O Ca-ra-lho!
Eu andei numa escola pública em que dos seis anos lá leccionados, apenas um tinha educação física (árdua actividade que consiste em duas cambalhotas ao longo do ano, rapazes a jogar futebol e miúdas a galar o professor “que já vistes o Fiat descapotável do gajo, ganda espectáculo!”) e era quando não chovia. Onde é que acham que a grande porrada dos atletas dos outros países aprendem os desportos? Será no Algés e Dafundo (eu nem sei bem que clube é este, mas tem um nome suficientemente forte e parvo para eu fundamentar a minha tese)?
É preciso constatar, e eu constato muito bem enquanto o Paulo Catarro entrevista um chinês qualquer em vez de passar 15 vezes as imagens da corrida do Phelps dos 200 metros livres em câmara lenta, que mesmo no atletismo, a tradição portuguesa vem toda do corta-mato, vulgo corrida de quem não tem onde correr e cuja estratégia passa por não escorregar na lama tanto como os outros. O tartan é que atrapalha muito.
FR

Chama-lhe arte, chama-lhe

Disclaimer:
Esta mensagem e seus inclusos constituem opinião pessoal para uso exclusivo dos típicos destinatários do blog. Se não é o típico destinatário (se é uma daquelas bestinhas do cara”!$lho, pseudo-intelectuais, que acha que, por exemplo, o “Branca de Neve” do César Monteiro é uma obra de génio) ou veio dar com esta mensagem por engano, por favor informe o remetente (a gerência) e destrua-a de imediato. É proibido e ilegal o uso, reencaminhamento ou reprodução total ou parcial desta mensagem sem autorização expressa do remetente (da gerência, portanto – mas também, só algum atrasado mental é que utilizaria este esterco literário para qualquer outro fim).
Vi esta bosta num museu (pelo menos acho que era esta), e mais umas quantas do mesmo género, e do mesmo autor. Joan Miró de seu nome. Dizem que é arte e que vale milhões. Na minha humilde e leiga opinião, trata-se sim de uma palhaçada, de um insulto à inteligência, que podia ter sido pintada por um infante de três anos, utilizando como trincha, a respectiva fralda, ou até por um macaquinho paraplégico com meio cérebro. Mas sei lá eu. Vá lá que não paguei pa entrar. FA
Ps: Ah, e já me esquecia. E neste caso concreto o autor nem se dignou a dar uma pu#”$ta dum título à dita “obra”. Nem o gajo sabia o que lhe havia de chamar. Ficou “sin titulo”.

Loures em foco, Ford em trânsito

Perdoem-me a aspereza das palavras mas afigura-se me que o facto do puto (de 13 anos – com esta idade eu já fazia a barba) ter sido alvejado durante o assalto, significa apenas que chumbou no estágio … FA

terça-feira, agosto 05, 2008

VENDE-SE: T2 + 1 Bunker, totalmente remodelado, c/ placa

Com o tiroteio e fuzilaria que paí anda, qualquer dia, o marketing destinado à venda de casas, para além dos normais apetrechos como a certificação acústica e energética, instalação de aquecimento central ou ar condicionado, pé alto, cachet, virado a sul, norte ou a nascente e a sempre essencial pré-instalação da Tvcabo, vai também publicitar janelas c/ vidros triplos à prova de bala, caixilharia em titânio termolacado e estores automáticos em kevlar enriquecido. FA

sexta-feira, agosto 01, 2008

Ali em baixo há publicidade da boa

Ignobilmente fui aqui incriminado, há tantos anos que ainda nem tinha adquirido esta soberba aptidão de rabiscar em bom português, de arrochar nas focinheiras de tudo o que era anúncio, especialmente tratando-se da segunda maior aglomeração criminosa do país, o Millennium BCP.
No entanto, não tendo este banco barbante (uma arrogante variante da palavra “guita”, por Toutatis!) para comprar um bolo mármore da Dan Cake em promoção, eis que pararam com a produção diarreica de publicidade. O tempora o mores, em bom tempo o fizeram.
Não obstante, reparei no rally vinho da Madeira e lembrei-me que é este tipo de nome que tem faltado às fracassadas maratonas e meia-maratonas de Lisboa (sinceramente não sei se são ou não fracassadas; apenas sei que são ao domingo de manhã, o que é suficiente para merecer o meu veemente repúdio; e asco, asco também; e não sei se repararam que ali em cima usei uma expressão em latim, que ah pois, isto anda muito bom).
Marlboro Maratona de Lisboa. Meia-maratona Toyota de Lisboa. Isto são nomes.
Já agora, duas sugestões: pararem de colocar posters sobre a competição nas carruagens do Metro. Ninguém liga e eu quero é saber quanto é que pago de multa se aparecer um pica, e; na próxima edição da meia-maratona, obriguem os corredores a fazer não apenas os 21 quilómetros de metade da prova, mas os 42 completos, ao pé-coxinho.



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