quinta-feira, julho 31, 2008

O Paladino do Negrume

Pergunta: Mas porquê que o Bruce Wayne, quando veste o fatinho de Batman, fica com voz de bagaço com travo a tabaco??? FA

Saúdinha

O Presidente da República anunciou hoje que vai falar às oito horas aos portugueses, interrompendo as férias. Diz que vai abordar um assunto de elevado interesse nacional. Sede de protagonismo, é o que é.

Especula-se que vai adiar as eleições regionais nos Açores ou que vai vetar uma porrada de leis. Claro que o Montra já tem uma cópia do comunicado. Porquê? Porque somos os melhores, os mais astutos, conhecemos tudo e todos, temos influências em altos cargos da nossa nação. E, sobretudo, porque partilhamos as nossas instalações com um centro-cópia que os assessores do Cavaco usam para imprimir os textos, uma vez que o homem leva a sua forretice ao extremo. Manda, por exemplo, imprimir tudo frente e verso para se poupar no Navigator, que nem sequer é de 0,8 gramas, mas daquele mais fininho. É o que dá trabalharmos paredes meias com um centro-cópia. Paredes meias é vil expressão, mas olha agora fica. Ora, um erro da Gorete (a quem falta um dente) ao indicar a impressora ao sotôr que veio cá com a disquete, fez com que este último imprimisse o texto para a impressora do meu computador. Maneiras que agora tenho aqui o texto, que passo a reproduzir em todo o seu esplendor (esta alusão ao hino, tratando-se do Presidente da República, é, em si mesma, um hino, uma cantiga vá, ao bom português que ensopa estes nossos textos; e isto tratando-se de uma frase que começou com um “Maneiras” que indica preguiça, sim senhor, muita preguiça em estabelecer a causalidade que advinha da frase anterior mas que, não deslumbrando, cumpre). Ora então o discurso do homem, naquilo que presumo ser uma versão não definitiva:

“ Caros portugueses, interrompo as minhas férias para fazer aquilo que entendo ser uma obrigação inerente ao cargo para que fui escolhido: tenho o canalizador lá na casa do Algarve e aquilo parece que vai demorar a de denunciar uma situação que afecta todos os cidadãos nacionais. Num momento em que o aquecimento global está na ordem do dia, é inadmissível que num país membro da Comunidade União Europeia o tempo esteja tão enovoado enebulado encoberto. A água do mar esteve esta semana a 17 graus. Parece a Figueira da Foz. Parece que numa altura em que se discutem alterações à lejislação legislação laboral, era de meter redigir qualquer coisa uma disposição que previce previsse a possibilidade de dias de férias manhosos inadequados não contarem para o tempo de descanso que cada trabalhador merece. Vi, nos últimos dias, muitos portugueses a sair da praia às quatro da tarde. Em camisolas. Uma criança choramingava chorava por não poder estar na água. Tem sido um ver se te avias uma situação insustentável para o comércio local e, consequentemente, para a economia nacional. Alerto para esta questão por causa do canalizador que me fez vir para cima e abandonar a vivenda Mariani uma questão de consciência. Espero que o Sócrates quem de direito faça o mesmo. Obrigado e boas férias para todos.”

E é isto.

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quarta-feira, julho 30, 2008

Mais uma verdade ou duas


O antigo líder político dos sérvios da Bósnia, Radovan Karadzic, acusado de genocídio, foi hoje colocado sob detenção na prisão do Tribunal Penal Internacional de Haia. Para quem me conhece, duas questões impõe-se: a primeira, um pedido de desculpas, pois sei bem o que custa conhecerem-me, isto independentemente da genialidade envolvida e coiso, sei bem, repito, pois convivo 24 horas por dia comigo próprio vai já para uns anos, à excepção de uma bebedeira ou outra ou ainda outra das quais não recordo nada, ah e da final do Euro 2004 da qual também não me lembro de grande coisa; a segunda, e a que afinal (não a do Euro) aqui me traz porque me preocupo com estas coisas ao ponto de escrever sobre elas, é a cela do homem no Tribunal Penal Internacional, cuja foto, se o blogger não se armar em parvo, aqui está:

Primeira constatação (da segunda questão, que se eu voltar à primeira aviso, hã, porque aqui o importante é perceberem o que eu quero dizer): o Tribunal Penal Internacional nunca foi a Paços de Ferreira comprar móveis. Isto diz muito sobre o Tribunal. Não ir a Paços de Ferreira comprar mobiliário significa não saber o que fazer ao dinheiro.
Adiante para a segunda constatação: também não foram à Zara Home, o que, para além de todos os argumentos que eu podia dar, é bom.
Terceira constatação: foram ao IKEA. “Ah não foram não, que aquela mobília não é do IKEA”, diz V. Exa. que me lê, como se isso (o ler-me) não fosse atestado suficiente para eu lhe demonstrar que aquilo é, de facto, do IKEA, e que V. Exa. está mais errado que eu sei lá.
Aquilo é do IKEA, mas do IKEA dos anos 80, que só existia nos países do Norte da Europa, como a Suécia e a Holanda e aquele outro dos Nokias.
Concretize-se, com os preços ao câmbio da época: cama Condenus, € 24,99; estante Codigus, € 13,99; quadro ardósia tamanho médio, € 4,99; conjunto pequeno-almoço, € 1,99; roupeiro Presidius, € 40,99; móvel televisão, € 8,99; colcha criança, € 8,79 e; cinzeiro criança, € 0,49.
O cinzeiro é a prova de que foi tudo comprado nos anos 80.
O resto é a prova de que as desculpas do primeiro parágrafo eram devidas.

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quinta-feira, julho 24, 2008

Prevemos atender a sua chamada em …. duas semanas e meia

Mas será que a corja que dispõe de serviço telefónico de apoio ao cliente ainda não percebeu que não vale a pena investir na musiquinha que passam enquanto um gajo tá à espera. É que, no início, tais bandas sonoras pareciam tiradas directamente de um jogo do 48 kp. Depois, veio a moda dos “Panpipes” (Não há nada melhor do que ter de cramar com a melodia do “Titanic” em versão de sopro…). Hoje, com o advento da tecnologia polifónica digital de alta-fidelidade e tal e não sei quê, até já nos proporcionam verdadeiros concertos em som real enquanto estamos à espera pa dar a leitura do Gás!!!
O que esta gente ainda não percebeu é que a malta desgraçada não quer é esperar 10 minutos, a pagar refira-se, de cada vez que quer reclamar ou resolver um problema criado pela incompetência duma bestinha qualquer, que por acaso até trabalha pa pu”#$ta da empresa para a qual estamos a ligar!!!! Ao menos que passassem notícias, meteorologia ou os resultados da bola….FA

quarta-feira, julho 23, 2008

Ai Jesus que feliz eu estou

Na senda do meu post anterior, eis chegada a hora de divagar sobre o acordo ortográfico ou, como eu propus que se chamasse, o hacordo hortográfico. A proposta, de tão boa que era porque resumia o teor do acordo na sua própria designação, não colheu. Hão de cá vir.
Ora, o acordo ortográfico esfrangalha-nos o bom português tal como o conhecemos. É um facto. Mas isso não me estorva nada a vidinha. Eu sou contra o acordo, sim senhor, mas apenas porque o mesmo foi aprovado na Assembleia da República. Por princípio, eu sou contra tudo o que é aprovado na Assembleia da República, desde o Orçamento de Estado ao voto de pesar pela morte da mãezinha de um deputado qualquer, passando evidentemente pelos números do euromilhões que o plenário escolhe semanalmente na vaquinha que lá têm para ver se ganham o jackpot ou fazem pelo menos quatro números e uma estrela, que já não é nada mau.
Compreendido que está o meu asco pelo único órgão de soberania cujos titulares se vêem à rasca para estacionar, cumpre dizer que até concordo com o acordo ortográfico, por uma série de razões que me estão a ocorrer agora mas que quando as for escrever lá mais para a frente já só me vou lembrar de uma ou duas.
A primeira é que o pacto linguístico vai levar à extinção do nosso idioma, o que nos permitirá ir a uma livraria e não gramar com os livros do Miguel Sousa Tavares. Desconfio até que a ideia toda do acordo é essa, o que leva desde já o meu aplauso.
A segunda razão é que a sua aplicação não é obrigatória. Ou seja, se eu amanhã quiser substituir as consoantes por ditongos, alterar artigos pessoais e estropiar tempos verbais é cá comigo e não advém daí nenhuma chatice. Assim como assim, e com a honrosa excepção de V. Exa., só quem tem pouco que fazer é que me lê.
A terceira e última razão é outra vez a do Miguel Sousa Tavares que, caramba, é uma grande notícia, até porque me lembrei que ele também escreve para uma porrada de jornais e revistas que eu não leio mas assim sempre se poupa nas arvorezinhas, as quais nos preocupam tanto ou não fosse este blog amigo do ambiente. Ok, amigo é qualificação desmesurada, mas conhecido de vista do ambiente ou cumprimentamo-nos quando coincidimos no elevador do ambiente. O que importa é que o Sousa Tavares esteja quietinho e que os livros dele sejam reciclados em panfletos de restaurantes indianos ali ao Martim Moniz. Daqueles que põem nos pára-brisas.
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terça-feira, julho 22, 2008

É que isto é tudo verdade

Epá, não há mês que eu não tenha que aqui vir corrigir comportamentos sociais que, não obstante a sua aparente irrelevância, assumem um espectro diabólico no que aos meus nervos concernem. É que ficam em franja, com a breca.
Interessa-me tanto o acordo ortográfico como a própria língua portuguesa e a – conceito tolinho – herança cultural do nosso idioma. Ou, não menos tolinho, o património cultural que, como se sabe, se resume aos pasteis de Belém e às lancheiras azuis da Camping Gaz. Ora, certo e sabido que a hipofaringe (foda-se, o dicionário do Word deu-me como sinónimo de "língua" a palavra “hipofaringe”; eu relutantemente aceitei-a e agora aparece como estando mal escrito; em que é ficamos, ó Word?; são estas coisas que me fazem repudiar a fala lusa) portuguesa tem os dias contados, o que me irrita afinal, ó Frederico?
Ainda bem que o pergunto-me (isto, tendo em conta o parágrafo anterior, faz todo o sentido). Irrita-me o lol. O lol, para quem não sabe, significa laughing out loud. Já agora, quem não sabia é favor abandonar o blog, porque não constitui o nosso público alvo.
Ora o lol é constantemente mal utilizado. E que me lixem o português é uma coisa, que me metam lol’s a martelo em tudo o que é mail, sms e chat de engate, é outra. É claro que o lol, enquanto resposta a qualquer subtil observação espirituosa da minha parte, é perfeitamente admissível, quanto mais não seja porque a contorção abdominal provocada pela gargalhada descontrolada mais não permite que um ténue calcar das teclas “l” e “o”. Isso eu percebo. Agora que me escrevam “já cheguei e vou-te pedindo uma imperial lol” ou “Viva Portugal lol” já é desaforo desmedido. Mas vá, pelo menos pediram-me uma imperial. Agora, o que me calcorreia a espinha como se fosse uma traineira num lamaçal, é o lolol e o loool ou, como certamente desconhecem os autores de tamanhas camelices, o laughing out loud out loud e o laughing out out out loud. O desrespeito pela sigla é, e aqui sai-me o segundo com a breca do texto, uma atrocidade. “Que exagero!”, exclama o leitor como se eu lhe tivesse perguntado alguma coisa. Não é exagero, não. Exagero é rir a bandeiras despregadas (depois querem que com estas expressões a língua portuguesa se aguente…) de constatações engraçaditas, de reparos levemente humorísticos ou de graçolas mais áridas e batidas que um caminho de cabras na planície alentejana. E isso, embora não se note, arrelia-me.
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TOMY ILFIGER

Ao que chegámos, quando até a malta cigana já teme pela sua segurança… FA

sexta-feira, julho 11, 2008

Livro do Génesis – Não a banda do Phil Collins

No princípio Deus criou o IPOD.
E viu Deus que isso era bom.
Criou depois Deus o IPHONE.
E viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom.
Depois…, diz que foi descansar.

Agora se esta moda pega, vão aparecer paí as ITORRADEIRAS, com três níveis de queima e 190 Gigas de memória e duas entradas USB; Ou os IMICROONDAS, que aquecem lasanhas congeladas do Minipreço ao som de música ambiente, com ecrã plasma interactivo digital incluído; Ou até as ISANITAS, por motivos óbvios….
Enfim, metam-lhe “I” à frente e uma cena pa guardar e passar música, filmes ou fotos, e dá praticamente pa tudo. ICADEIRAS, IIMPRESSORAS, IPANOS DE COZINHA, ITOMADAS COM LIGAÇÃO À TERRA, ILIVROS, ICANDEEIROS, ICACHORROS, IGUARDACHUVA, IETC… IFA

PS: Quanto à primeira parte, vou arder no inferno, claro.

quinta-feira, julho 10, 2008

O Queirós não, pá!

Mais fatal que os carros que estão à frente num semáforo se irem mais vezes abaixo do que todos os outros juntos no momento em que fica verde, é a estupidez do pessoal que trabalha na NASA. Primeiro foi aquela história dos gajos gastarem milhões a desenvolver uma caneta que escrevesse em ambiente desprovido de gravidade, enquanto os russos levaram um lápis (irritam-me tanto as pessoas que dizem lap’s…) e, suponho, um afia-lápis e uma borracha, agora parece que há água na lua.
Ora, para confirmar esta suspeita, vão mandar uma sonda. Eu é que gostava de poder mandar uma sonda cada vez que tenho que ir às finanças perguntar porque é que o meu número de contribuinte lhes sai sempre na rifa, agora água na lua interessa-me muito pouco, primeiro porque se algum dia for à lua não vou perder muito tempo a tomar banho; segundo e partindo do mesmo pressuposto que no primeiro, vou aproveitar para andar sempre bêbado porque a pouca gravidade não deve consignar grande ressaca que fartinho dela ando eu, ai jesus.
Entretanto perdi-me. Ah, a cena da sonda. Vão mandá-la. Tudo bem é lá com eles, mas caramba, então não estiveram já lá? Porque é que não foram ver se havia ou não água? Ou será que quando os astronautas regressaram à Terra, lhes perguntaram “Oh Buzz, e viste lá água?”, o Buzz olhou para o Neil, o Neil para o Buzz, como que dizendo, “pensava que tu tinhas visto, meu”; “não me lixes, eu só fui para te tirar fotografias” e o gajo que ficava na cápsula a orbitar a orbitar à volta da lua a remoer “olha que merda eu à volta à volta e estes gajos nem se lembraram de ver se havia água”.
Agora o Público diz que vai a sonda fazer o que os dois palhaços não fizeram. Não faço link que só me dá é trabalho, mas acreditem que o jornal diz mesmo isso, eu não ia mentir. Havia era de ter problemas com as finanças, a NASA, que logo empregava melhor o tempo.
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terça-feira, julho 08, 2008

Até me revira o olho

Haverá nome mais abichanado para um treinador de bola do que “Quique Flores”?
Não, não há, já fui consultar os arquivos.
Por este andar ainda me mudam a Águia para uma “Bico de Lacre” ou até para uma “Diamante Babete”…. Ide descobrir ao que me refiro. FA

quinta-feira, julho 03, 2008

Scarlett Johansson

Hoje vi uma cena lixada: um jogo de pares em Wimbledon foi interrompido por causa da chuva. Tudo bem. Só que foi interrompido no momento de um match point, ou seja, quando um dos pares estava a um ponto de ganhar a partida. Agora têm que esperar e às tantas, se continuar a chover, só amanhã é que acabam. Entretanto vão ter que fazer novo aquecimento, blá blá blá e às tantas nem tocam na bola, aquilo acaba logo ao fim de uma raquetada.
E eu que pensava que estas merdas só me aconteciam a mim…
Isto, vá lá ver, era a mesma coisa que aquela gaja que foi agora salva na Colômbia fosse resgatada ao fim de seis anos e, no momento em que a fossem pôr no helicóptero, o piloto mandasse com um “ok, é esta gaja” e depois lhe atirasse com um “hoje ainda não vai dar mas amanhã está aqui à mesma hora que a gente leva-te.”
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O título deste post é uma alusão ao filme realizado por Woody Allen em 2005, Match Point, que conta com a participação da actriz norte-americana. Não me interessam nada estes apontamentos cinéfilos, mas assim pode ser que apareça mais gente aqui no blog. Tipo 15 pessoas. Já se fazia uma jantarada. Nas docas.

Plastic man

O Público anunciou hoje que o Governo quer legislar para reduzir o uso de sacos de plástico. Hum, querem ver o IVA dos produtos alimentares a ir para os 30%?
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terça-feira, julho 01, 2008

Isto tem que ter regras, pá

O Filipe levantou no post anterior uma questão que tem tanto de pertinente como incómoda. Digamos que é tão incómoda como espetar uma lasca de madeira por baixo de uma unha e quase tão incómoda como ouvir o Herman a dar entrevistas.

O comportamento dos portugueses na praia é de facto, como o Filipe bem observou, pouco mais que vergonhoso. Não é só o colarem-se a nós. É o falar alto. São as motas de água. É a necessidade de trocar de fato de banho no fim do dia. São os 20 minutos para tirar a areia dos pés antes de entrarem para o carro quando eu estou à espera do lugar para estacionar. E é, sobretudo, o não enfiarem um fato de banho nos respectivos filhos.

É verdade que quem me conhece sabe que, desde a minha adolescência, eu tenho por admissível que os pais devem deixar os filhos andar nus na praia ou até mesmo em qualquer outro local. Mas esta regra tem uma ressalva: que esses pais sejam os progenitores da Claudia Schiffer, da Halle Berry, da Soraia Chaves ou de qualquer outra indivídua desse naipe, desde que com idades compreendidas entre aquelas que façam jus às respectivas virtudes.
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A banhos

Se há coisa que o português médio não tem, é sentido de espaço. Ora vejamos a título de exemplo: Pode tar um gajo descontraído a apanhar sol numa praia completamente deserta, sem viva alma num raio de cento e cinquenta metros e eis senão quando chega uma família de portugas. Tachos, geleiras, cadeiras, transístores e crias incluídos. E o quê que esta gente faz? Não, não monta o arraial a uma distância geográfico socialmente adequada considerando a abundância de área livre. Nem pensar. Pelo contrário, plantam logo o guarda-sol exactamente a uns vinte centímetros de distância, de tal maneira que quase que ficamos à sombra, sendo perfeitamente possível cheirar o aroma a coco proveniente do auto-bronzeador do Intermarché que a matrona besunta no bucho e costados.
Meu povo. Se houver espaço, por favor espalhem-se um bocado. FA