terça-feira, outubro 31, 2006

Troca de seringas nas prisões vai começar em Lisboa e Paços de Ferreira


Refere o Público que o ministro da Justiça anunciou hoje que o programa de troca de seringas nas prisões vai avançar, a título experimental, no Estabelecimento Prisional de Lisboa e na cadeia de Paços de Ferreira, em Fevereiro de 2007. Segundo Alberto Costa, esta experiência será feita através da distribuição de seringas que só se podem usar uma vez e que serão fornecidas aos reclusos por pessoal dos serviços de saúde.
De acordo com o governante, será sempre "uma troca personalizada" e ocorrerá em estabelecimentos prisionais em que existam "outras respostas e alternativas" para que esta solução não se apresente como a única opção.
A medida de troca de seringas em meio prisional já mereceu a contestação do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional, que invocou razões de segurança para se opor ao projecto, admitindo mesmo a realização de uma greve.
Observações e esclarecimentos:
1 - A referida troca não se irá proceder, enviando o EPL as suas seringas usadas em troca de mesas de café, "chaise-longue's" e roupeiros, enviados pelo EPPF, como de início se julgava.
2 – Quando se menciona que cada seringa só pode ser usada uma vez, isto significa que são descartáveis e não que podem ser usadas uma vez por cada recluso.
3 – Quando se refere “pessoal” dos serviços de saúde, não se pretende identificar os carunchos agarrados que fazem a limpeza nas enfermarias e que catam as seringas.
4 – No referente à "troca personalizada”, não se trata claramente de um sistema de “cada pessoa troca com outra”.
5 – “Outras respostas e alternativas” não significa poder escolher entre branca, cavalo, pó, camisas castanhas, doce ou outras.
6 – Razões de segurança são o verdadeiro fundamento para a greve ser convocada pelos Guardas Prisionais, e nunca porque não querem ser os únicos gajos sérios a guardar os janados todos nos EP’s. FA

domingo, outubro 29, 2006

A empreitada do BOB


O BOB é construtor civil, isso toda a gente sabe mas será que sabemos como vão as contas deste senhor no que respeita a fraude e evasão fiscal? E será que o BOB não tem esquemas com alguns autarcas?
É que dá ideia que na cidade onde vive e trabalha, o BOB é o único a construir seja o que for, o que me preocupa pois poderemos estar na presença de uma elaborada rede mafiosa ou de um vigarista capaz de aldrabar os concursos públicos para atribuição das empreitadas.
Estou efectivamente a levantar algumas suspeitas, mas considero os indícios fortes.
BOB! Põe-te a pau, que estou de olho em ti!
ST

O Gato fedeu....

Pessoalmente, considero que não foi a melhor opção mudarem o formato do programa passando a ter um pretenso magazine de humor com 4 apresentadores que, nos intervalos dos skecthes, que aliás, foram apenas 3 e sobre temas de actualidade deixando para trás a intemporalidade que os definia, fazem uma espécie de stand up quadripartido que claramente não resulta demonstrando eles próprios pouco à vontade naquele papel.
Outra mudança consiste no parodiar de figuras públicas que, igualmente não costumava ser hábito, dependendo agora para isso, exclusivamente, das capacidades o RAP.
Resumindo, se coisa for por este caminho tamos mal, sendo mais um exemplo de que um maior orçamento e melhores condições não é sinónimo de mais qualidade.
Compreende-se que possam estar fartos do antigo sistema e pretendam inovar mas esta não me parece definitivamente a melhor solução, sentindo já algum saudosismo em relação ao Gato Fedorento à lá Sic Radical.
Uma última referência sobre o momento musical. Se isto vai ser costume, não me parece que dure porque todas aquelas interrupções, mais uma vez, quadripartidas, para fazer umas graçolas, assassinam qualquer actuação e respectiva música. Até me admira os Da Weasel terem alinhado naquilo.
Em conclusão, mudou, mas não me parece que tenha sido pa melhor. FA

sexta-feira, outubro 27, 2006

Metropolitano

Ando pouco de metro. Mas quando acontece é sempre divertido. Vá lá, é interessante. Pronto, é aborrecido, mas mesmo assim... Qual não é o meu espanto quando um destes dias, enquanto espero na plataforma de uma estação, passa um que diz "Reservado". Reservado?! Mas quem é que reserva um metro?! E para quê?! Tal como todos os autocarros que vi que diziam o mesmo, ia vazio, por isso primeiro achei que fosse só para gozar com as pessoas que estavam à espera. Era o que eu faria. Depois pensei que, se eu fosse pornográficamente rico, também teria um metro só para mim (tipo: Ambrósio, venha buscar-me ao Picoas que preciso de ir à Baixa-Chiado). Fiquei à espera de ver um tipo na última carruagem a lêr o jornal com ar snob, mas nada. Para além disso, as luzes iam todas apagadas, o que me fez julgar que, se calhar, ia lá dentro algum casal a dar corpo a alguma fantasia do tipo não platónico. Mas isso só teria piada num metro normal, com a possibilidade de entrarem passageiros (disseram-me...) . Enfim, não cheguei a nenhuma conclusão, mas se alguém tiver alguma ideia diga-me, que já não durmo há três dias... MM

Os grandes portugueses!

Eu acho muito interessante o concurso da RTP para eleger os melhores portugueses. Devemos eleger o português que consideramos maior, e eu já fiz uma listinha dos meus favoritos.
Aqui está o meu top:

1- Salazar
2- Alberto João Jardim
3- Diana Chaves dos Morangos com Açucar
4- Pinto da Costa
5- Rui Reininho
6- Aquele moça que ganha tudo no triatlo
7- O meu pai
8- Sebastião Templário
9- O senhor do supermercado à frente da minha casa
10- Telmo do BB

ST

quinta-feira, outubro 26, 2006

O nosso cadastro

O Sebastião lembrou-se aqui em baixo do projecto inicial dos autores do Montra de Prémios: a banda desenhada protagonizada por um herói fascista que combatia todo e qualquer democrata que lhe aparecesse à frente. E fazia-o, preferencialmente, com ranho.
Evidentemente que já adivinharam a razão para o insucesso desta nossa iniciativa (estou a falar da banda desenhada, não do blog, que é um insucesso por outras razões). Exactamente - acertaram - nenhum de nós sabe desenhar. Ainda assim, e perante a lembrança desenterrada pelo Sebastião, recordo aqui algum do texto produzido para o livro "Um ranhoso para cada eleitor - um sistema perfeito":
"Era dia de eleições. Nessa manhã, recebera um telefonema de um conhecido, o Estalinista Gregoriador, que não partilhando os mesmos ideais fascistas, por vezes ajudava-me na delicada tarefa de exterminar todos os democratas. Foi precisamente com ele que liquidámos a ala mais liberal do partido de centro-esquerda. E a cantina, que estava situada nessa ala e que servia um doce da avó intragável. Fiquei de me encontrar com o Greg nas traseiras da escola C + S lá do bairro, onde se organizavam duas secções de voto.
Greg - Estás bem, Adolfo Mucoso?
Eu - Estou especialmente constipado, vai ser uma chacina!
Greg - Lá vai um, de caneta em riste!
Eu - Uuuuuuuurrrrrrrrrrrrrrrr... spat... Paf!
(uma verdinha acerta mesmo na testa do inimigo)
Greg - Andaste a treinar, meu bom nazi!
Eu (limpando o nariz à capa) - Um democrata bom é um democrata morto! Cuidado, lá vem outro!
Greg - Blheeeeeeeerrrrrrrcccccccc... Pof!
(uma golfada de vómito atinge de raspão o braço de outro inimigo, que ainda rasteja em direcção à urna com o voto nos dentes)
Eu - Uuuuurrrrrrr... spat... Paf! (na nuca) Então, Greg, o que se passou?
Greg - Grande erro, bebi uma água com gás depois da vodka com cereais do pequeno-almoço! Estou sem refluxo! Estou Desarmado!"
E o enredo desenvolvia-se astutamente, por entre duras e peganhentas batalhas contra a democracia. Ainda sou gajo para aprender a desenhar, mas só depois de dominar esta coisa das letras.
FR

Momento cultural

A Elsa Raposo, quiçá o Eusébio das putas portuguesas, ficou sem namorado durante duas horas e meia pela vigésima quarta vez no último trimestre. Resultado: drama escarrapachado (desafio o leitor – o singular não é engano – a encontrar a palavra “escarrapachado” noutro blog qualquer, ou na net inteira, vá) nas capas de todas as revistas da especialidade. A especialidade: curiosamente, a Elsa Raposo.
Quem é o culpado desta situação? As revistas, que perseguem a galdéria? Os leitores, perdão – consumidores – dessas publicações? Ou a Raposo? Hum?
Para responder a esta e a outras questões, temos connosco o Dr. Nuno Rogeiro, especialista em assuntos internacionais e jet-set nacional e do médio oriente. Dr. Nuno Rogeiro, que comentário lhe merece esta dramática situação?
Na verdade, não conseguimos o Rogeiro, mas está cá o bom velho Frederico para esclarecer a coisa: a culpa é da Elsa. E a razão está escarrapachada (mantenho o desafio) nas nove palavras iniciais da primeira frase deste post.
FR

UE quer reduzir o consumo de álcool


Refere o Expresso que “o executivo de Bruxelas reconhece que “os estados-membros são os primeiros responsáveis pela política alcoológica nacional”, pelo que “não tenciona propor legislação no plano europeu”. O objectivo da estratégia da Comissão é “promover de forma mais activa o debate e a cooperação, através da criação de intercâmbios de boas práticas”.

“Alcoológica”, gosto do termo. Enfim…, mas quanto à vaca fria, meus amigos europeus. Não é com debates, cooperação e intercâmbios que se reduz o “bober”, aliás, é nesse tipo de coisas onde se emborca com mais afinco pois normalmente é no regime de bar aberto.
Se querem que a malta deixe de beber, especialmente, os nossos mais pequeninos, a táctica tem de ser outra, mais drástica, e não do género “é proibida a venda, neste estabelecimento, de bebidas alcoólicas a menores de 16 anos” que como é sabido, tem dado um resultadão do cara$#%$lho…
Contra mim falo (como apreciador de uma boa cadela; buba; tosga; broa; bezana; etc..) quando afirmo que se calhar o melhor era banir as bebidas alcoólicas, constituindo um monopólio estatal de venda, como se faz nos países desenvolvidos (Suécias e assim) porque essa seria mesmo a única maneira impedir que a malta jovem e afins deixasse de beber, nos bares e discotecas à noite. Aí, tinha era que se “promover de forma mais activa o debate e a cooperação, através da criação de intercâmbios de boas práticas” para tentar evitar o aumento massivo nos suicídios (como nos tais países desenvolvidos).
Deixem-se de hipocrisias, é tudo uma questão cultural e de educação+atenção por parte dos paizinhos.
Uma ultima palavra pá menina do bar. Ficas gira com uma de Grant’s entre os dedos…WOOF!!!, GRRR…. FA

Banda Desenhada!

C.A.O.S. é um livro de banda desenhada à “la americana”, no formato, no espírito e na própria narrativa. Mas tem uma realidade bem portuguesa e é escrito, desenhado e produzido por meia dúzia de jovens portugueses com uma mão cheia de boas ideias e talento, coisas que não existem expostas nesta montra( Mas somos lindos de morrer e temos uma piada do car@%o).
Parabéns ao Fernando, por ter realizado algo tão interessante como o argumento para um livro de banda desenhada e NÃO! Ele Não é fascista (obviamente)!
Polémicas à parte, nós no montra tivemos um argumento pronto para uma banda desenhada que consistia na luta de um herói fascista contra as forças liberais e democratas. Foi recusado. Vergonhoso.
ST

Pequeno Petiz

No último fim-de-semana fui a casa de uns velhos amigos que embora já não tenham o cão (parece que o animal deu uma dentada num senhor e teve que ser abatido, tarefa para a qual me ofereci prontamente) têm o seu pequeno petiz de nome Alberto de cinco anos e que substituiu o canino em termos de truques circenses.
Por razões que desconheço, associo sempre o nome “Alberto” à figura de um gigante encorpado e brutamontes, mas será injusta a associação tendo em conta que o pequeno é, segundo os pais, uma “criança adorável e cheia de truques” ( agora que me lembro, a associação do nome talvez tenha sido por causa de um tal de Alberto de 2 metros que me quis partir o nariz uma vez no trânsito… É por isso quase de certezinha!)
Enfim, o casal meu amigo é muito vaidoso e não poupa elogios ao filho, valorizando e reforçando toda a merda que o pequeno faz.

Pois bem, mostraram-me o primeiro desenho do pequeno Alberto; um aglomerado de gatafunhos a azul e preto desenhados numa página amarrotada que até dizia “Chico” em vários sítios, não por ter sido escrito pelo petiz numa crise de identidade mas porque o pequeno Alberto a pisou vezes sem conta com os seus pequenos sapatos empoeirados.
Mas falo de um desenho feito por uma criança que tentou rabiscar a folha com a caneta virada para cima, naturalmente não se pode esperar muito.

O pequeno Alberto até é engraçado, e ainda me ri algumas vezes com o puto, mas a vontade de rir passou quando os pais me disseram que o tinham posto a aprender piano e o sentaram à frente dum móvel cheio de teclas pretas e brancas que fizeram raiar de sangue os olhos do pequeno.
“Pim, Pim, Pim!”, era com cada martelada no piano que até dava pena! Os pais chamavam-lhe a atenção para usar todos os dedos, um de cada vez, mas ele usava-os todos num punho fechado e “Pim!” no piano. Uma das teclas saltou, dando duas voltas no ar.
“Esta, já estava estragada!” – disse-me o pai. “Se não estava, ficou agora…”, disse cá para mim.
“Ele quando está com outras pessoas, faz-se de engraçado, porque na verdade até já sabe umas coisas” – desculpou-se a mãe.
“Sim, sim, o pequeno Alberto é um artista do caraças”, pensei eu…

O resto da tarde até foi passando agradavelmente, embora já não tenha sido a mesma coisa pois ficou a doer-me um bocado a cabeça. O pequeno Alberto depois da sessão musical (semelhante a uma tarde numa serralharia) pôs-se a rebentar os rodapés da casa com um carro a pedais, coisa que me foi distraindo…
E claro, a conversa dificilmente era outra que não as peripécias da criança na escola.
“Ele é um pouco irrequieto, mas tem-se portado bem!”, dizia-me a mãe. Na verdade eu sabia por intermédio de outros que o Albertinho tinha partido duas janelas com uma cadeira e que já duas crianças tinham mudado de escola por causa dele.
“É um bocadinho hiperactivo, talvez…”, aligeirava o pai. “Hiper-brutinho, isso sim”, pensei eu.
Enfim, para o ano volto lá outra vez pois não tenho outro remédio. É quase certo que piano já não vai existir…ST

quarta-feira, outubro 25, 2006

O Glorioso

Legenda:
"-..eheheh...Esta gaja ainda me vai vazar um olho ..... não façam movimentos bruscos ... fachavor .... FA

No ano passado as lanchas não pegaram - diz guarda prisional

Notícia de um jornal (perdão, era o Metro): "78 detidos, de 20 estabelecimentos prisionais, remam hoje fora da cadeia, em Viseu, no V Torneio Nacional Prisional de Remo Indoor".
A notícia não diz, mas eu presumo, que a competição é indoor porque os detidos que participaram no IV Torneio Nacional Prisional de Remo Outdoor deram aos bracinhos até ao Rio de Janeiro, onde se encontram actualmente na companhia do Padre Frederico. Os fulanos aproveitaram o meu contacto - gosto sempre de confirmar as notícias, sou o Correio da Manhã dos blogues - para mandar saudades e um "até breve" à Fátima Felgueiras.
FR

terça-feira, outubro 24, 2006

Isto volta e meia

há um gajo que se lembra de fazer umas sondagens para ver quem quer ser espanhol, quem quer ser português mas fazer compras na Zara aos preços espanhóis e torcer pelo Barça, quem quer ser ibérico e viver nos arredores de Huelva e quem quer viver em Almada mas pagar a taxa de IVA praticada em Cuenca.
A intenção de fazer a coisa sinceramente não vislumbro, mas isso sou eu que vejo mal. Quanto aos resultados, não me admiram. Até poderia defender a tese de que os 28% que afirmaram que gostariam de ser espanhóis, fizeram-no porque nunca lá foram, mas não o vou fazer. Não sei porque o fizeram mas não me surpreende. Ficaria sim admirado se um de nós quisesse ser de um país esquisito, como o Uzbequistão, o Suriname ou a França, agora espanholito, porquê o espanto? Eu não quero ser, até porque nem falo alto e os bocadillos trabalham muito no estômago, mas a questão não é essa, mas esta: há pessoal que tem muito pouco que fazer. E isso é que dava um inquérito engraçado: Esta sondagem interessa a) muito, b) mais ou menos, c) nem ao menino Jesus ou d) não sabem/não respondem/nem sequer compreendem a questão, apesar desta ser elementar.
FR

segunda-feira, outubro 23, 2006

E quando se pensava que a TVI não podia descer mais baixo...


... eis, senão, quando surge o "Canta Comigo" (quase me custa fazer um post sobre este programa, já que ele é um post de si próprio e nada pode ter tanta piada como o original).
No essencial, a TVI escolhe meia dúzia de coitadinhos (do doente de cancro em fase terminal que precisa de medicamentos, à rapariga cujo hamster, em depressão profunda, se atirou de um quarto andar, ao perceber que não podia viver em conflito com o seu próprio Eu, que agora quer um peixinho igual ao Nemo) mais meia dúzia de meias celebridades e ainda meia dúzia de cantores profissionais. A ideia é: uma meia celebridade que não sabe cantar, tenta fazê-lo em dueto com o cantor, em prol do coitadinho. O dueto a quem os telespectadores atribuirem o maior número de votos por telefone (a €.0,60 por minuto, para a TVI, não para os "coitadinhos", era só o que faltava) ganha o que pediu.
Júlia Pinheiro: Ahhh... que pena D. Hermengarda... não vai poder levar os dois carrinhos de compras do Continente para alimentar os seus 17 filhos... O público gostou mais de ver a Célia do Big Brother a desafinar com o Emanuel, e por isso ganha o Sr. Adelino, que vai ao Salão de Massagens Exóticas de Moscavide, receber o tratamento "Relax Total" das mãos de uma das 10 especialistas ucranianas, para curar.... humm... as dores da ciática que lhe estão a apanhar a zona das costas. MM

sexta-feira, outubro 20, 2006

20 gajos não é revolução, é moche


Estes palhaços que ocuparam o Rivoli, como me dizia outro dia um taxista mas em relação a um colega que parou para deixar sair uma velhinha, era matá-los à paulada.
Até um blog sobre o assunto foi criado pelo Público, onde os ocupantes vão escrevendo e para o qual obviamente não faço link porque entendo que a espelunca deles nos está a fazer concorrência directa, tal é a quantidade de disparates que por lá se lêem.
Bom, os gajos estão indignados porque a gestão do Rivoli vai passar dos pés do Estado para as mãos dos privados. Por A mais B invadiram o espaço cultural e disseram, sem se rir, que de lá não saíam enquanto não sei quê e o diabo a sete.
Eu acho que fizeram bem. Só tive pena que as forças de segurança, em vez de os tirarem de lá, não os tivessem fechado a cadeado. Deixavam os "artistas" lá dentro e só os deixavam sair em 2039, para fazer xi-xi. Entretanto o Estado ficava com os bens deles e devolvia o dinheiro dos bilhetes aos endrominados que viram os "espectáculos" que os ocupantes protagonizaram. Ah, é verdade, os bens serviriam ainda para pagar, o que é que era mesmo... ah, pois, os subsídios que o Estado lhes entregou para fazerem peças que entretanto ninguém foi ver e que justificaram... ai a minha cabeça... justificaram o quê? Caramba, pá... ainda agora escrevi isso... já sei, a transferência da gestão para privados. Irra, que isto à sexta à tarde é complicado.
Claro que um leitor paciente, que é coisa que não costumamos ter, perguntaria, oh idiota tu sabes lá se os gajos não faziam espectáculos de qualidade? ao que eu responderia, pronto tens razão desculpa, se o gajo fosse maior que eu ou, se não fosse, epá está bem mas os vinte ocupantes deram o nome "Rivolição" ao que fizeram e isso diz muito sobre a genialidade criativa dos palhaços que se nem um nome em condições conseguem dar quanto mais montar um espectáculo digno desse nome. E depois dizia a frase do título, ou então esta, já que - lembrem-se - o leitor seria mais pequeno que eu: Being as this is a .44 Magnum, the most powerful handgun in the world, and would blow your head clean off, you've got to ask yourself one question, 'Do I feel lucky?' Well, do ya, punk?

FR

quinta-feira, outubro 19, 2006

RELAX

“ATREVIDA!!, Universitária!! Loirinha!! Raquel!! Completíssima!! Oral intensivo!! 2ª oportunidade! C. Pequeno Telef.96…...”
Estes anúncios partem-me todo, qualquer dia ainda ligo pa ver comé que é. Só pa ver…. (e não, não é fetiche de mirone) FA

terça-feira, outubro 17, 2006

Outra

Desconfio que terá sido na América segregacionista ou durante o apartheid sul-africano, mas só desconfio, porque na verdade não sei onde é que foi inventada a história do patinho feio. É que da maneira que eu me lembro do conto, ele não era feio, era preto.
FR

Uma constatação

Tive recentemente o infortúnio de estar numa sala cheia de gajos engravatados que não se viam há dois cortes de cabelo. As frases que mais ouvi foram "estás mais magro" e "estás com barriguinha". A conclusão que tirei foi "estes idiotas não sabem escolher os fatos do tamanho certo".
FR

Vaselina recomenda-se...

Legenda:
Camionista: “- O Shora Dona Agente, prometo que ainda ontem passei por aqui e cabeu….”
Polícia: “- Ó filho não te preocupes que isto com uma pinturinha e um bocadinho de massa, não se vai notar nada. Agora sopra lá aqui no balão.” FA

sexta-feira, outubro 13, 2006

Quem merecia o prémio era eu, que tenho conta em dois bancos

Hoje foi atribuído o Prémio Nobel da Paz a um fulano que criou um banco no Bangladesh que atribui micro-créditos a cidadãos pobres que queiram criar um negócio.

A Cofidis, a Credifin e a GE Money estão esperançadas em ganhar para o ano, até porque dão crédito até cinco mil euros, que no Bangladesh é muito dinheiro.
FR

Shyamalan 13.10

Ali em baixo pediram-me palavrões e caralhadas. Dou de barato a ordinarice e sem mais atrasos, demoro-me na análise à crise na Coreia do Norte e o impacto que a mesma tem no Lady in the Water e vice-versa. Para quem ainda não viu, não devia estar aqui a perder tempo a ler isto. Aliás, quem viu também não deveria estar por aqui à procura sabe Deus de quê. Adiante.
A obra a que se refere o filme é um misto de Mein Kampf, O Capital e a Bíblia, isto é, promete outro mundo, aparentemente melhor que o actual e seguramente melhor que o Azul, onde as gajas são esquálidas.
Ora, já todos percebemos que as norte-coreanas também não se bronzeiam muito mas, ao contrário da Story, não saiem do respectivo quintal. O que quero escrever mas não consigo é que está tudo à espera que aquilo se resolva a bem, mas de certeza que os japoneses estão todos oh tio oh tio ai mãezinha que eles são malucos e dão-nos com o nuclear na cabeça. E nós no cinema, porque aquilo é médio alcance e nós nem estamos no mesmo continente. E no cinema, o monhé explica-nos que a indiferença é feia. E a intolerância também. Segundo ele, devemos tolerar os mortos, os super-heróis, os extra-terrestres e os inadaptados. E agora afinal já é para gostar da água.
Ora, eu deixei-me de merdas (o prometido é devido) e para acabar com a indiferença sobre o que se passa na Coreia do Norte, o que é que fiz? Escrevi dois posts, dois longos e parvos posts.
Havia aqui mais uma ideia qualquer que se eu tivesse pachorra e o dobro dos neurónios até desenvolvia, mas o Teco está celibatário há muitos anos.
FR

quarta-feira, outubro 11, 2006

Mateus 11.10 e Shyamalan

O angolano Mateus ia dando cabo do futebol português. Fez mais por isso num ano que o Valentim Loureiro - que bem se tem esforçado - fez em vinte. Mas alguém pensou no Mateus durante esta confusão toda?
Alguém sabe, por exemplo, que o Mateus rescindiu o contrato com o Gil Vicente dois dias antes desta embrulhada ficar resolvida e que por isso agora não tem clube? E sabem que, de tanto ouvir falar no "caso Mateus", a mulher do coitado pediu o divórcio, pensando que o caso era amoroso? Fui só eu que me apercebi que o Mateus foi levado para Guantanamo para interrogatório por ter desencadeado atentados terroristas contra um símbolo nacional, o futebol?
Pois é, o pobre menino do Huambo, que percorria com fome as ruas de Luanda (eu acho que ele nasceu e cresceu no Cacém, mas assim é mais dramático) tem sofrido como ninguém nas mãos da classe dirigente futebolística que, como sabemos, está situada imediatamente abaixo da classe dos primatas (família Corruptos Arbitralis), embora se desloque preferencialmente de classe S, da Mercedes.
E o que é que isto tem a ver com a crise na Coreia do Norte? pergunta o leitor que manifestamente não percebeu o texto. Para já nada, mas depois vêm as criaturas do Mundo Azul e eu quero ver como é que param as modas.
Este post vai ter continuação, mas com palavrões. A não ser que os meus fellow bloggers mudem a password.
FR

terça-feira, outubro 10, 2006

Comemorações do 5 de Outubro

Legenda:
Cavaco Silva: - Acho que esta mer&#da prendeu….
Carmona Rodrigues: - Fo&/%da-se… Dá cá isso… Qués ver que já avariaste este car”#&alho todo…
Gajo de barbicha ridícula ao fundo: - Eu disse que isto de pôr o gajo a hastear a bandeira ia dar mer”#%da…. FA

segunda-feira, outubro 09, 2006

Oh mãe, o senhor da Carris é mau!

Hoje passei os olhos por uma notícia sobre a indignação do presidente da junta de freguesia da Lapa, Luís Newton, perante as alterações ao trajecto dos autocarros da Carris naquela freguesia.
Ao que isto chegou! Isto é de extrema gravidade, ou não falássemos de um Newton! E agora, como é que as mulheres-a-dias que laboram naquela zona de Lisboa vão fazer para ir trabalhar? Quem é que leva a Dona Emília a casa dos Almeidas Duarte? E a coitada da Dona Lídia, há quarenta anos em casa do Dr. Foutchon, cônsul honorário francês? Quem é que serve o sumo de toranja à menina Teresinha antes que ela vá para o Liceu Francês?
Eu admiro a visão do gajo da junta, que até se preocupa com os funcionários domésticos dos respectivos eleitores. Isto sim é um autarca! Um homem do povo! Ele nem se preocupa com o facto dos Audi's e BMW's estarem diariamente mal estacionados, preocupa-se sim com os trajectos dos autocarros de uma das freguesias mais pequenas de Lisboa, que tem ruas mais estreitas que muito caminho de cabras. Tanto é que muitas vezes os autocarros que agora de lá tiraram (os porcos!) ficam entalados e encalacram o trânsito todo. Grande homem, este! Tem o meu apoio!
FR

A anarquia está subvalorizada

Diálogo da série Sim, Senhor Ministro, entre o Ministro James Hacker e o seu adjunto Bernard, mas que podia ser de outro sítio qualquer:

Ministro - O que é que eu faço com estas cartas todas?
Bernard - Se quiser não tem que fazer nada, Senhor Ministro.
Ministro - Não tenho?
Bernard - Não, podemos fazer uma minuta com uma resposta oficial.
Ministro - Resposta oficial?
Bernard - Sim, diz apenas: “o Ministro solicitou que lhe agradecesse a carta” e dizemos qualquer coisa como “o assunto está sob apreciação” ou se preferirmos “está sob intensa apreciação”.
Ministro - Qual é a diferença?
Bernard - Bem, “sob apreciação” significa que perdemos o processo, “sob intensa apreciação” significa que estamos à procura dele.
FR

sexta-feira, outubro 06, 2006

Adoro cães!


Este é velho, mas dá-me sempre vontade de rir!! Reparem que cada vez que dispara o foguete o cão desloca-se 20 cm para o lado contrário!
Vou treinar o meu cão para fazer isto...O "rebola" está fora de moda!
ST

Yo Joe!

È pá, quando for grande quero ser o Joe Berardo! Já viram o anúncio? O homem anda pelas ruas cheio de estilo com os seus 60 anos, confiante e orgulhoso. E depois leva uma poltrona para o cabo espichel ou da roca só porque pode! E bebe lá um whiskey ou um brandy, sentadinho a ver mar e depois farta-se, provavelmente, e atira com o copo e com a cadeira lá para baixo só para não ter o trabalho de carregá-la de novo para trás. Eu também já fui para a Azóia com uma cadeira de plástico, mas acho que me falta algo para chegar ao Joe...
ST

AAAiiiiiiiiiiiiiiiiAA!!!!!!!!

Refere o DN que cada vez mais estudantes querem aprender chinês. E eu pergunto:
Prá quê??, Cara”$&lho!!!
Não deve ser pa pedir nos restaurantes chineses que aquilo tá pela hora da morte, com os cães encontrados nas arcas frigoríficas, ratazanas a lamber os restos, lixívia a pingar no arroz “chao chao”e mai não sei o quê.
Pa ver os filmes sem recorrer a legendas também não deve ser, porque as ditas películas é só porrada de meia-noite e pouco diálogo. (Existindo belas versões dobradas em inglês de muito bom nível!!)
Pa ir de viagem também não me parece, já que, apesar de ser um país de grande beleza deve ser complicado pa turista.
Pa meter conversa com as chinesinhas também não me parece que aquela mer&/$da é só ossos e dentes.
Pa ir pa lá viver é que de certeza que não porque eles já lá têm malta que chegue.
Pa poder entrar numa loja dos chineses e poder fazer perguntas acerca da cacalhada que se quer comprar, parece-me igualmente difícil, que aquilo é pessoal de pouca fala e menos regateio.
Só resta uma hipótese. Querem todos aprender chinês porque, com a quantidade de lojas e restaurantes em condições miseráveis que paí há, trata-se de uma verdadeira mais valia pa concorrer às brigadas da PJ, SEF, ASAE e similares. É que falar brasileiro já todos falamos, num é Cara!!! FA

quarta-feira, outubro 04, 2006

Bandeira nacional passa a ser hasteada no topo da AR

Diz o Expresso que “O presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, pretende, desta forma, dignificar aquele órgão de soberania.”
Salvo o devido respeito, e que tal se os Exmos. Srs. Deputados aparecessem por lá de vez em quando para representar a malta que lhes paga o caruncho (E não vale dormir nem ler a bola durante as sessões) e não dessem a desculpinha que já tinham uma reuniãozita agendada na comissão para os assuntos “sem interesse nenhum”, Ah!!, que tal? A ver se isso não dignificava mais a Assembleia da República. FA

Bucagel

Meus amigos, tenho que partilhar isto convosco: Tenho uma afta junto à gengiva inferior que me incomoda. Para tratar este problema pus um pouco de Bucagel, uma pomada literalmente saborosa que embora bastante eficaz ia-me fazendo saltar os olhos tal foi a intensidade da dor.
É que arde mesmo, mesmo muito…
Por curiosidade fui ver os efeitos secundários e vou transcrever letra por letra o que lá está:
“Raramente, pode sentir uma sensação momentânea de formigueiro ou ardor devido ao álcool contido no gel”. Meus amigos…eu tive que dar duas cabeçadas na parede para distrair o meu cérebro do que me estava a acontecer na cavidade bucal. A dor foi momentânea, sim, mas um um gajo quando lhe está a dar um ataque para morrer também tem “uma sensação momentânea de ardor” e esqueçam lá o formigueiro que mesmo que exista é completamente abafado pela dor lancinante. E “raramente”, dizem eles? Fo$@#-se, raramente são as vezes que eu tenho aftas mas SEMPRE que ponho bucagel na boca as minhas narinas mais parecem dois escapes automóveis!!

A última vez que senti uma dor assim foi a falar ao telefone enquanto pegava num candeeiro de secretária cuja base me caiu no pé. Consegui dizer com toda calma “Olha, espera aí que já te ligo”, com uma voz serena mas ligeiramente trémula como acontece quando tomamos banho de água fria e sentimos algo semelhante a falta de ar… Desliguei a chamada e atirei-me contra uma porta para que me acontecesse qualquer coisa que sempre era melhor que a dor de uma base cilíndrica de ferro no pé.

Enfim bucagel está para as pessoas como creolina está para os cães. Passo as explicar: misturei na água um pouco de creolina para tirar as pulgas ao meu rafeiro. Só que a água escorreu até ao rabo o que ia matando o bicho com dores. As pulgas piraram-se em dois tempos(saltavam do cão, tipo pessoas num naufrágio). O cão perdeu as pulgas realmente e parece-me pelos movimentos acrobático-eufórico-contorcionistas que o bicho entrou em choque. Mas depois passou-lhe…
ST

terça-feira, outubro 03, 2006

Geografia de Causas

Os artistas merecem respeito e eu, como artista, exigo-o. Para mostrar os meus dotes de artista aqui está a foto do meu cão, Piloto e que é muito mais que uma foto, é uma obra de arte.
Nada comparável com o trabalho de Ângelo Lucas, um fotojornalista que tenho em grande estima e que acaba de lançar um livro intitulado"Geografia de Causas" com histórias sobre esse mundo que nem todos conhecemos ou só conhecemos através do telejornal. Parabéns Angelo, o teu livro merece estar em qualquer estante de todos aqueles que gostam ou de boas histórias ou de boas fotografias!


Mas quando digo que o meu trabalho não é comparável, obviamente quero dizer com isto que o meu trabalho é definitivamente melhor, mais equilibrado e tecnicamente superior e o livro que espero lançar para o Natal intitulado "Fotos de caninos - Cães do mundo e arredores" é um trabalho arrojado que ficará para a história da fotografia.
Bom, comprem o livro do Ângelo (Plátano Editora) e no Natal comprem o meu (que espero ver editado em Novembro, caso contrário atiço o objectivo da reportagem -cães - aos editores)
Escusado será dizer que o Angelo foi para os confins do mundo falar com pessoas armadas até aos dentes, locais onde eu tenho dificuldade em reter a urina... Já para tirar fotos aos cães fiquei um bocado desconfiado, quanto mais a iraquianos...

ST

segunda-feira, outubro 02, 2006

Speed dating

O conceito resume-se a vários homens e mulheres num bar, que vão rodando de mesas de cinco em cinco minutos, assim conhecendo o maior número de pessoas desinteressantes no menor espaço de tempo possível. Mas não deixa de ser curioso o conceito: obter (ou não) o máximo de informação possível da outra pessoa em cinco minutos:
- Praia ou campo?
- Praia.
- Benfica ou Sporting?
- Benfica.
- Carne ou Peixe?
- Carne.
- Ter ou adoptar?
- Ter.
- Comprar ou arrendar?
- Comprar.
- Lux ou Capital?
- Lux.
- Kant ou Nietzche?
- Nietzche.
- Por cima ou por baixo?
- Por baixo.
- Ahhhh, que pena... eu também...
- E íamos tão bem...
- Pois é..., aí por uns dez segundos foste a mulher da minha vida. MM

Paper Boy e o Expresso

Os comentários a um destes últimos posts referiam uma maravilha dos anos 80 chamada Paper Boy, um jogo para o spectrum em que o jogador se coloca na pele de um distribuidor de jornais que na sua bicicleta atravessa as ruas do bairro a atirar jornais para os quintais, alpendres e janelas dos moradores.
Ora, levantaram-se algumas questões importantes em relação ao paper boy e ao semanário Expresso. Será que é possível fazer este trabalho tratando-se do famoso e robusto semanário Português?
Vejamos: foi dito que se fosse o Expresso, era só vidros partidos. Muito bem. E força para atirá-lo até à janela? Além disso, assim que sacasse o expresso da bolsa, o paper boy estava logo com a fuça no chão, pois o raio do jornal desequilibrava logo a bicicleta.
Ainda digo mais: se fosse neste último sábado, o paper boy estava mesmo fo"#$" pois veio uma caixa enorme com uns panfletos e mais um DVD e o diabo a sete... Quase que era mais fácil ir de jornal e atirar a bicleta!! E para a semana vem uma bíblia ilustrada, por isso, com estas ligas leves que se usam para aí na construção das biclas, aposto que o meio de transporte do paper boy é mais leve que um jornal só.
É óbvio que se fosse humanente possível distribuir Expressos em bicicletas (que não é!) as janelas ficariam em estilhaços, mas digo mais: mesmo que acertasse na porta era um estouro do caraças que mais parecia que estavam a querer arrombar a porta com um ariete!
Mas dava um jogo do caraças, não dava??
ST